Por G1
O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, disse na abertura da sessão desta terça-feira (4) que o depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve ser adiado. O depoimento de Pazuello está marcado para a quarta-feira (5).
Aziz disse que foi informado de que Pazuello teve contato com dois coronéis infectados com Covid e, por isso, decidiu entrar em quarentena. Ainda segundo o senador, Pazuello deverá mandar um comunicado à CPI informando o fato. Pazuello teve a doença no ano passado.
“O ministro Pazuello, vai chegar um comunicado aqui, eu fui comunicado hoje [terça] de manhã. O ministro Pazuello teve contato com dois coronéis auxiliares dele esse final de semana que estão com Covid. Segundo a informação que eu tenho, ele vai entrar em quarentena e não virar depor amanhã [quarta]. Essa é a informação, não é oficial, é extraoficial”, afirmou Aziz.
O presidente da CPI deu a informação antes do início do depoimento desta terça, do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Pelo cronograma da CPI, Mandetta falará nesta manhã e o sucessor dele no ministério, Nelson Teich, falaria na tarde desta terça.
De acordo com Aziz, se for confirmado o adiamento de Pazuello, a fala de Teich deve passar para a quarta-feira.
“Eu acho que se amanhã [quarta], caso não venha o ex-ministro Pazuello, eu estou pedindo para que, pedi para o meu gabinete entrar em contato com o ministro Teich para que fizéssemos com ele amanhã e hoje só ouviríamos o ministro Mandetta”.
Expectativa para o depoimento
O depoimento de Pazuello é um dos mais esperados na CPI. General da ativa do Exército, ele assumiu o ministério após as saídas de dois ministros que não concordavam com as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro: Mandetta e Teich.
Em outubro do ano passado, logo após ser desautorizado pelo presidente sobre compra da vacina CoronaVac (Bolsonaro era contra), Pazuello disse: “É simples assim: um manda e o outro obedece”.
Pazuello era o ministro quando o governo recusou oferta de compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer para serem recebidas em dezembro de 2020. Foi também durante a gestão dele que o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso, registrando falta de oxigênio hospitalar e filas de vagas em UTIs.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil