No Distrito Federal, uma professora foi ameaçada após corrigir uma aluna que atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em uma prova. A estudante afirmou que o magistrado havia acabado com as leis no país em uma redação.
Após ser chamada na escola, a mãe da aluna afirmou que não aceitaria que ela fosse “doutrinada” e ameaçou “esfregar o celular na cara” da professora para mostrar que ela estaria errada. O caso aconteceu na última quarta (17), no Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama.
A professora explicou para a aluna, do 2º ano, que não cabe ao Poder Judiciário elaborar leis no país, mas ao Legislativo. A adolescente então ligou para a mãe e relatou o que a educadora havia falado. Na sequência, a bolsonarista enviou um áudio para a supervisora da escola e reclamou de “doutrinação”.
A mãe disse que era amiga dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), e ameaçou esfregar o celular “na cara da professora para mostrar que as leis foram mudadas”, caso a escola não “desse um jeito” no caso.
A bolsonarista foi pessoalmente ao colégio e repetiu as ameaças. A professora entregou um atestado médico e se afastou das funções por 30 dias por conta do abalo psicológico.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Carlos Moura/SCO/STF.