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Putin intensifica ataques e radicaliza: “Objetivos serão alcançados” Presidente russo fez o alerta a interlocutores do governo. A porta-voz da diplomacia voltou a citar "neonazismo" para justificar os ataques

3 de março de 2022, 14h11 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

Em declarações que elevam a crise no Leste Europeu, o presidente russo, Vladimir Putin, radicalizou e garantiu que as tropas da Rússia devem continuar os combates. A Ucrânia vive o oitavo dia de guerra.

Nesta quinta-feira (3/3), em pronunciamento transmitido do Kremlin, sede do governo russo, Putin alertou: “Os objetivos da operação da Rússia na Ucrânia serão alcançados em qualquer caso”, afirmou a integrantes do governo.

Na prática, o presidente russo quer garantir a desmilitarização do país invadido. Isso envolve a posse de armas nucleares e a adoção de um status neutro sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Putin ordenou que as tropas intensifiquem os bombardeios. Os ataques têm causado cada vez mais mortes e atingido grandes centros habitados.

Horas após a fala do líder russo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez um pronunciamento transmitido ao vivo de Moscou. Ela criticou a aprovação de uma resolução na Organização das Nações Unidas (ONU) e a forma como o Ocidente tem se comportado durante o conflito.

“O Exército ucraniano usa a comunidade pacífica como escudo”, acusou, sem apresentar detalhes. Para Zakharova, o mundo está praticando “xenofobia e intolerância” contra a Rússia.

A porta-voz repetiu o discurso de Putin e de outros integrantes do alto escalão do governo de que essa ação é uma defesa da segurança russa e que a intenção é “libertar os ucranianos do neonazismo”.

“O povo ucraniano foi transformado em instrumento do Ocidente. Denunciamos crimes cometidos por nacionalistas na Ucrânia”, salientou. “O que a mídia ocidental faz é um crime verdadeiro”, concluiu.

Ameaça nuclear

Pelo segundo dia consecutivo, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, citou um possível uso de armas nucleares. Agora, ele defendeu que “políticos ocidentais também considerarem uma guerra nuclear”.

“Todo o mundo sabe que uma terceira guerra mundial só pode ser nuclear, mas eu gostaria de chamar a atenção que está na cabeça dos políticos ocidentais a ideia de uma guerra nuclear, não na cabeça dos russos”, afirmou Lavrov em uma entrevista coletiva em Moscou.

Na quarta-feira (2/3), em entrevista à TV Al Jazeera, canal transmitido no Catar, o chefe da diplomacia russa comentou o que seria um conflito dessa proporção. “A terceira guerra mundial seria uma guerra nuclear devastadora”, disse o diplomata russo.

Putin reuniu-se, no domingo (27/2), com os ministros da Defesa, Serguei Choigu, e do Estado Maior, Dmitry Yuryevich Grigorenko, no Kremlin. No encontro, o mandatário ordenou que os ministros colocassem as forças nucleares em “regime especial de alerta”, conforme divulgado pela agência de notícias russa Tass.

Foto: Stringer /Agência Anadolu via Getty Images

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