Agentes públicos denunciaram que a maioria das queimadas no Estado são decorrentes de atos criminosos. E o cenário, com níveis críticos da umidade relativa do ar associados ao período de estiagem, pode ser agravado.
Os alertas foram apresentados em audiência pública, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realizada nesta quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a participação de gestores públicos, agentes de segurança, representantes da sociedade civil, dentre outros.
Os incêndios florestais comprometem a qualidade do solo, da água, da vegetação e do ar. Outra consequência das queimadas é a redução da água potável, uma vez que o fogo pode secar as nascentes. Ao atingir casas, plantações e rede elétrica, traz também enormes prejuízos econômicos para as famílias e para o poder público, além de colocar em risco a vida das pessoas.
Em 2019, já foram alvo de incêndios importantes áreas de proteção ambiental em Minas como o Parque Serra do Cabral, a Serra do Intendente, a Serra da Moeda, o Parque Serra Negra e o Parque do Itacolomi, onde as chamas consumiram 313 hectares só nos limites da unidade, configurando a maior extensão atingida até o momento.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, nos oito primeiros meses deste ano as ocorrências de incêndio tiveram um aumento de 44,95% em relação ao mesmo período de 2018, sendo mais de 11 mil ocorrências de incêndio em vegetação registradas. O aumento foi de 3.709 ocorrências a mais do registrado no último ano. Já na capital mineira, os incêndios chegaram a 997 em 2019, um aumento de 94 casos, uma alta de 10%.