A prefeita bolsonarista de Canoinhas (SC), Juliana Maciel Hoppe (PL), está sendo investigada pelo Ministério Público após gravar um vídeo enquanto joga algumas unidades de livro no lixo enquanto atacava o PT. No registro, ela afirma que as obras são “porcarias” que não condizem com seus “valores”.
Um dos livros jogados no lixo pela prefeita é justamente “Aparelho Sexual e Cia”, sobre educação sexual para estudantes entre 11 a 15 anos de idade. A obra foi alvo de ataques ataques do ex-presidente durante a campanha eleitoral de 2018.
“Eu jamais jogaria um lixo no livro, mas porcaria numa biblioteca do nosso município não vai ter não”, diz a bolsonarista. Ela conta que as obras fazem parte do projeto Mundoteca, do governo federal, e cita a “Lei Rouanet”. Vale lembrar que o projeto Mundoteca foi idealizado e implementado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019.
Juliana Maciel é uma advogada de 31 anos eleita vereadora na cidade catarinense pelo PSDB durante as eleições de 2020. De ideologia conservadora, ela já posou em fotos com o ex-presidente e demonstra apoio a ele e a seus filhos.
No ano de 2022, o então prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD), e seu vice, Renato Pike (PL), renunciaram aos seus cargos após investigações da Operação anticorrupção Et Pater Filium – precursora da Operação Mensageiro, que implicou o empresário Odair Manricch e o operador Altevir Seidel.
Após esses eventos, Juliana foi eleita prefeita em uma eleição suplementar em outubro de 2022, um mês antes da abertura da biblioteca. No ano passado, a política alinhada ao governo Bolsonaro se juntou ao PL.
Na madrugada deste sábado (20), a prefeita compartilhou em suas redes sociais um elogio recebido de Eduardo Bolsonaro (PL), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Juliana está atualmente em campanha para tentar a reeleição este ano, contando com o apoio do PP na disputa.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
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