Por Itatiaia
O prefeito Fuad Noman (PSD) disse, nesta terça-feira (25), que a tarifa-base de R$ 6 cobrada aos usuários dos ônibus coletivos em Belo Horizonte é “muito cara”. A declaração foi dada na sede do poder Executivo da capital, no Centro, após ele se reunir com o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido). Prefeitura e Legislativo se aproximam de acordo para diminuir o preço das passagens.
Os R$ 6 foram definidos na semana passada, após reunião entre a prefeitura e representantes das concessionárias. O novo valor foi pactuado em acordo mediado na Justiça. Fuad, porém, afirmou que “não gostaria nunca” de ter assinado o trato.
“Não queremos que a população pague um valor tão alto”, garantiu.
A saída defendida pela Prefeitura de BH para aliviar o custo repassado aos passageiros é conceder subsídio de R$ 476,1 milhões às empresas de ônibus. Parte dos vereadores, porém, critica os termos do repasse público.
Gabriel, então, apresentou uma nova versão do projeto para autorizar a abertura de crédito. O texto aponta condicionantes às empresas. Assim, o subsídio pode ser cortado caso ocorram viagens fora do horário ou haja problemas de manutenção nos coletivos.
“A população pode ficar tranquila. A passagem vai baixar — e vai baixar bem. Não sei exatamente o valor ainda, porque precisamos fazer acertos orçamentários”, assinalou o prefeito.
Fuad prometeu responder, já nesta quarta-feira (26), se aceita, ou não, o acordo proposto por Gabriel. Embora tenha explicado que a área técnica do Executivo precisa se debruçar sobre os termos da sugestão, o prefeito confidenciou estar “doido para assinar” a autorização.
Ida a Brasília pode mexer no preço das tarifas em BH
Segundo Gabriel Azevedo, o acordo entre ele e Fuad prevê, ainda, uma viagem a Brasília (DF) para reunião com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Isso porque tramita, na Casa Alta do Legislativo, projeto que transfere parte da receita oriunda da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) a investimentos na mobilidade urbana das capitais.
“Se você tem recurso federal sendo aportado na cidade, tem condição de diminuir ainda mais o valor da passagem e o subsídio”, vislumbrou o vereador.
Foto: Adão de Souza