O governo federal está conformado que nada mais relevante será votado pelo Congresso neste ano. Espera que as votações de reformas aconteçam em 2021.
A aposta é que as disputas pelas presidências da Câmara e do Senado irão paralisar as votações no Legislativo. Além disso, não há dinheiro nem clima dentro do Congresso para encontrar alguma receita extra para o Renda Brasil, proposta de novo programa do Executivo para auxílio aos mais pobres. Com isso, o ano de 2021 começará apenas com os benefícios para quem já recebe o Bolsa Família, criado durante o governo Lula.
A criação do Renda Brasil ou de outra fórmula para dar alguma renda extra aos mais pobres voltará a ser discutida a partir de fevereiro, quando os novos comandos do Congresso já terão tomado posse.
REFORMAS
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mandou recado para o Ministério da Economia: ele tentará, sozinho, pautar sua proposta de reforma tributária. O projeto de autonomia do Banco Central, porém, não será pautado por Rodrigo Maia. Ou seja, o texto que já passou pelo Senado não deve andar até fevereiro de 2021.
Será nesse mês que deputados e senadores escolherão quem estará à frente das duas casas legislativas. Os atuais presidentes, Maia e Davi Alcolumbre (DEM-AP), estão impedidos de tentar a reeleição atualmente. Mas um julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) tende a liberá-los ainda neste mês.
Se o Supremo autorizar a busca dos demistas à reeleição, Alcolumbre deve ser mantido à frente do Senado, onde há quase consenso em torno de seu nome.
Já na Câmara, a disputa seria maior. Além de Maia, devem entrar na briga os deputados Arthur Lira (PP-AL), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Luciano Bivar (PSL-PE), Marcelo Ramos (PL-AM) e Marcos Pereira. Mesmo com a concorrência e com o apoio do Planalto a Arthur Lira, o atual presidente da Casa seguiria como favorito na eleição de fevereiro.
Fonte: Poder 360
Imagem: Câmara dos Deputados/arquivo