A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) confirmou nesta quinta-feira (13) que o rompimento da barragem de contenção de água do Parque Lagoa do Nado, no Bairro Itapoã, na Região da Pampulha, foi resultado de uma falha humana. A conclusão veio após a análise dos dados coletados ao longo da investigação sobre o incidente, ocorrido há quatro meses.
O colapso aconteceu em novembro de 2024, durante um forte temporal. A barragem, que armazenava cerca de 60 milhões de litros de água, não resistiu à pressão provocada pelo grande volume de chuvas e acabou cedendo.
Em nota, a PBH, por meio da Secretaria de Obras e Infraestrutura, afirmou que a sindicância não identificou falhas estruturais que pudessem ter contribuído para o rompimento. Segundo os elementos apurados, o problema ocorreu porque a galeria do vertedouro – responsável pelo controle do fluxo de água do reservatório – estava parcialmente obstruída por três anteparos de madeira, conhecidos como stop logs.
“Esses dispositivos foram retirados do vertedouro durante o período de chuvas para reduzir o nível da água no reservatório, mas foram recolocados de forma inadequada posteriormente”, explicou a prefeitura no comunicado.
Reconstrução da barragem
A PBH informou que parte das obras de recuperação da Lagoa do Nado deve ser finalizada até o fim de abril. Entre as intervenções em andamento estão a limpeza da área, a instalação de barreiras de sedimentos, a recomposição dos taludes e a construção de um novo canal de drenagem na região atingida pelo rompimento. O investimento nessa etapa é de aproximadamente R$ 1 milhão.
Já a reconstrução do barramento segue em fase de preparação para licitação. De acordo com a prefeitura, a contratação do projeto e da obra está prevista para o segundo semestre de 2025, com os trabalhos iniciando assim que o processo licitatório for concluído.
Foto: Divulgação / Henrique Augusto, da produtora Candy Media.