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Secretaria de Saúde do Estado amplia investigação epidemiológica da síndrome nefroneural Segundo a SES-MG, a investigação em um primeiro momento considera um maior número de casos. Pela primeira vez, nota técnica enviada para serviços médicos inclui ingestão da Belorizontina. 

13 de janeiro de 2020, 05h48 | Por Lena Alves

by Lena Alves

Nos últimos dias uma onda de perguntas sem respostas tomou conta em Minas Gerais por causa da suspeita de contaminação de ‘substância perigosa’ em lotes da cerveja produzida pela Backer em sua fábrica localizada no Bairro Olhos D’Água, Região Oeste de BH.

Neste domingo (12), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou a ampliação para o mês de novembro de 2019 a investigação epidemiológica da síndrome nefroneural. Antes da nota era para dezembro.

A SES-MG disse que os trabalhos são apenas por medida de precaução e são conduzidos pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde, mas desde que o caso veio à tona , essa foi  a primeira vez que nota técnica enviada para serviços médicos, inclui a ingestão da Belorizontina em lista de condições para notificação de síndrome nefroneural.

No documento distribuído pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde aumentando o radar da identificação de casos suspeitos é o que o órgão cita diretamente a ingestão da cerveja  no alerta ao setor.

A Polícia Civil de Minas Gerais ainda segue apurando as circunstâncias que rodeiam mais de 10 casos notificados de pacientes com síndrome da doenca em Minas. Uma pessoa morreu.

Peritos do Instituto de Criminalística realizaram análises de amostras de cerveja produzida pela Backer durante todo o último sábado. Exames no material que foi recolhido na cervejaria durante perícia ocorrida na última quinta-feira, também estão  sendo  realizados. Segundo a PC, os laudos devem ficar prontos nos próximos dias.

Sobre a tese de que cervejaria poderia ter sofrido uma sabotagem, a PC disse que não descarta nenhuma possibilidade, inclusive  o possível envolvimento de um ex-funcionário da Cervejaria Backer na contaminação da cerveja Belorizontina com a substância tóxica dietilenoglicol.

De acordo com a polícia, um supervisor da empresa registrou boletim de ocorrência, em 19 de dezembro de 2019, após um funcionário ter sido demitido, por crime de ameaça, mas a pessoa não voltou à delegacia para representar pela continuidade da ação penal.

No fim de semana, em um comunicado a Backer voltou a dizer que ” substância dietleglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo da fabricação de seus produtos, inclusive da Belorizintina.

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