Por DCM
A ONU (Organização das Nações Unidas) está denunciando o que considera ser uma “punição coletiva” imposta por Israel contra a população palestina, com a recente ordem de transferência forçada de moradores do norte da Faixa de Gaza. Esse movimento levanta preocupações sobre possíveis crimes de guerra, que, segundo a Organização, podem ser atribuídos tanto a Israel quanto ao Hamas. Com informações da coluna de Jamil Chade, no Uol.
A ação de fazer civis reféns, como apontado pela ONU, é proibida e pode ser considerada um crime de guerra, referindo-se às ações do grupo com base em Gaza. Além disso, o cerco de Israel, que está levando a população à fome, também é definido como um crime de guerra pela ONU.
Philippe Lazzarini, Comissário da agência da ONU para Refugiados Palestinos, condenou o pedido das forças israelenses para que mais de um milhão de civis do norte de Gaza se desloquem em 24 horas, chamando-o de “horrível” e alertando para o aumento da miséria e sofrimento da população.
A crise humanitária se agrava rapidamente, com Gaza enfrentando um colapso iminente. O conflito resultou no deslocamento de centenas de milhares de palestinos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) adverte que a transferência forçada de pacientes internados em hospitais da Faixa de Gaza equivale a uma “sentença de morte”. Os hospitais já estão lotados e enfrentam falta de eletricidade, escassez de médicos e remédios, tornando a situação insustentável. Além disso, instalações médicas e ambulâncias foram alvo de 76 ataques.
Com a continuidade dos bombardeios, a situação piora a cada dia. A ONU apela a Israel e aos grupos armados palestinos para que respeitem o direito internacional humanitário e cessem os ataques contra civis.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos destaca que é fundamental que as operações militares sejam conduzidas de acordo com o direito internacional.
Enquanto os confrontos continuam, Gaza enfrenta um apagão total de eletricidade, agravando a situação, já precária, em termos de saúde, água, saneamento e segurança alimentar.
Foto: Eyad Al-Baba/AFP