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Setor que consome 35% da energia elétrica no país, indústria procura saída para crise em MG Custos com energia chegam a representar 70% do valor do produto final de segmentos como alúmínio e ferroligas. Setor ficou de fora da nova bandeira tarifária por usar outro sistema de cobrança.

3 de setembro de 2021, 09h18 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

A indústria, setor que consome 35% da energia elétrica no país, terá que se adaptar a um ambiente de redução de gastos por causa da crise hídrica. A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) chegou a lançar a campanha “Escassez hídrica e energética – A indústria precisa agir”, para recomendar posturas mais conscientes quanto à utilização dos recursos hídricos.

O setor ficou de fora da nova bandeira tarifária de R$ 14,20 já que, segundo a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), os sistemas de cobrança são diferentes.

“Para as indústrias, os custos com energia representam mais de 20% do produto e em alguns setores específicos, como os de eletrointensivos – ferroligas, alumínio, gases, podem representar até 70% do custo final do produto”, disse a Fiemg.

As indústrias metalúrgicas e minerárias são as que mais consomem energia, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Consumo de energia na primeira quinzena de agosto em 2020 e 2021 — Foto: CCEE/Divulgação

O governo federal propôs ao setor o Programa de Redução Voluntária da Demanda (RVD). A iniciativa propõe aos grandes consumidores fazerem o deslocamento de suas produções, do horário de pico, para outros horários, amenizando a sobrecarga.

A Fiemg informou que apoia a iniciativa. O número de empresas que aderiram ao programa em Minas Gerais não foi divulgado.

O fomento ao mercado mineiro de energia renovável e à autogeração é uma das iniciativas da federação para que seus associados possam reduzir o consumo.

Outras medidas recomendadas são:

  • migração para o mercado livre e autoprodução de energia
  • adoção de novas modelagens de contratações para os que já migraram para o mercado livre
  • formação de grupos de consórcio de geração distribuída para consumidores de baixa e média tensão

Tarifas para domicílios e pequenos empresários

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (31) um novo patamar de bandeira tarifária para as contas de luz de todo o país. A “bandeira tarifária escassez hídrica” deve entrar em vigor nesta quarta-feira (1º) e adicionar R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos.

De acordo com o texto divulgado pela agência, a previsão é que a nova bandeira permaneça em vigor até 30 de abril de 2022. Até agora, a cor da bandeira era definida mês a mês.

A nova bandeira representa uma alta de 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2, que era a mais alta do sistema e estava em vigor nos últimos meses.

Entenda as bandeiras tarfiárias — Foto: Economia G1

Foto: Divulgação/Alstom

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