Home Brasil Situação de Bolsonaro se agrava com revelação de possível golpe de Estado patrocinado por ele mesmo

Situação de Bolsonaro se agrava com revelação de possível golpe de Estado patrocinado por ele mesmo

6 de maio de 2023, 08h50 | Por Redação - Blog do Lindenberg

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Por Hoje em dia / Blog do Lindenberg

É cada vez mais complexa a relação do ex-presidente Jair Bolsonaro que essa história de que ele teria falsificado um cartão de vacinas para entrar ou sair dos Estados Unidos. Porém não menos grave é a história revelada pela Polícia Federal de que em dezembro de 2022 o ex-major do Exército, Ailton Barros, advogado e aliado do tenente-coronel Mauro Cid, um ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, teriam articulado um possível golpe de Estado.

Aqui já não se trata de falsificação de cartão vacinas. Mas de um golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal, esse aliado de Cid também integrou o que foi identificado como uma associação criminosa que forjou registros de vacinas para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. É algo cabuloso – sem nenhuma alusão ao Cruzeiro Esporte Clube – porque nos arquivos em poder da Polícia Federal o ex-major do Exército, Ailton Barros, descreve o conceito da operação e no plano deveria haver uma pressão sobre o então comandante do Exército, Freire Gomes, ou do próprio Bolsonaro, então presidente da República. E mais, segundo os supostos articuladores do golpe, seria realizada também a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O grupo que vem acompanhando Bolsonaro não é pequeno e o acompanha desde que o ex-presidente era deputado federal. Dois assessores próximos estão entre os detidos pela Polícia Federal durante a Operação Venire, aquela que investiga possíveis irregularidades nos cartões de vacina do ex-presidente e de seus assessores. Alguns deles são Max Guilherme de Moura e Sérgio Cordeiro. São velhos conhecidos do ex-presidente. Max, por exemplo, acompanhou Bolsonaro aos Estados Unidos. Os dois, aliás, são como unha e carne. De forma que é complicada a situação do ex-presidente Bolsonaro e seus assessores. Não menos grave, no entanto, foi a decisão tomada ontem pela Câmara Municipal de Belo Horizonte de autorizar a prefeitura ou a própria Câmara a assumir, ou seja, encampar o serviço de transporte coletivo da capital. A votação ocorreu em meio à negociação entre a PBH e a Câmara em função do preço das passagens que passaram de R$ 4,50 para R$ 6 há duas semanas.

Na verdade, essa é uma velha disputa entre o prefeito Fuad Noman, que na verdade e na prática é o vice-prefeito, desde que o então prefeito Alexandre Kalil renunciou ao mandato para disputar o governo do Estado. Com isso, o vereador Gabriel Azevedo, presidente da Câmara dos Vereadores, assumiu a condição de primeiro substituto de Fuad Noman – até porque ele não pode disputar a reeleição. Com isso, Gabriel Azevedo, que de certa forma tem a simpatia da população, até porque os ônibus prestam um serviço de má qualidade, pode disputar ou a reeleição – e neste caso com a caneta cheia de tinha – ou um outro cargo qualquer, como, por exemplo, um mandato de deputado estadual. Ou seja, Fuad Noman está com a corda no pescoço. Tanto porque não pode disputar a reeleição como tem Gabriel Azevedo nos seus calcanhares. Uma situação no mínimo desconfortável.

Ah, sim. O presidente Lula está hoje em Londres para assistir à coroação do rei Charles III e já garantiu verbas para a preservação da Amazônia, segundo garantia do primeiro-ministro, Rishi Sunak, algo em torno de R$500 milhões para o Fundo Amazônia.

De resto, assume a partir de hoje o governo do Estado, o presidente da Assembleia, Tadeu Leite, o Tadeuzinho, assumindo ao mesmo tempo a presidência da Assembleia a norte-mineira Leninha – ou seja, nesses dias o Norte de Minas manda na Assembleia e no governo do Estado. É a primeira vez que isso acontece em Minas, a não ser quando o então presidente da Assembleia, Dalton Canabrava, de Curvelo, assumiu o governo na ausência de Eduardo Azeredo e do seu vice, Walfrido dos Mares Guia.

Foto: produção

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