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Sobe para dez o número de mortos de intoxicação por cervejas Backer Pacientes estavam internados em hospital de Belo Horizonte desde o ano passado.

18 de julho de 2020, 20h32 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Mais uma vítima da intoxicação por dietilenoglicol, substância encontrada em lotes da cerveja Belorizontina, da Cervejaria Backer, morreu neste sábado (18), em Belo Horizonte, aumentando para dez o número de mortes.

Marco Aurélio Gonçalves Cotta, de 65 anos, estava internado há mais de seis meses, em coma há 40 dias, em um hospital particular da capital mineira. No início deste mês, os médicos fizeram uma ressonância magnética e constataram que o caso era irreversível.

Segundo a Polícia Civil, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte. Até o fechamento dessa reportagem, a Backer não havia se manifestado sobre assunto.

Na última quarta-feira (15), José Osvaldo de Faria, de 66 anos, que estava internado há mais de 500 dias, no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, também não resistiu às complicações causadas pela intoxicação.

A investigação começou em janeiro deste ano, depois que várias pessoas apareceram com sintomas semelhantes, em uma mesma região de Belo Horizonte, no que foi chamado inicialmente de “doença misteriosa”. Duas famílias levantaram a possibilidade de que a origem dos sintomas estivesse no consumo da cerveja Belorizontina, da marca Backer.

Segundo o inquérito, um problema na solda de um tanque, instalado no final de 2019, teria causado o vazamento do dietilenoglicol, usado como anticongelante para evitar que os produtos evaporem e para resfriar, diretamente na bebida.

Um lote de cervejas analisado pelo Ministério da Agricultura indicou ainda que já havia alto índice de contaminação por dietilenoglicol e monoetileno nas cervejas da marca mineira no início de 2019.

Com informações da Agência Brasil.
Foto: REUTERS/Washington Alves.

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