Minas Gerais registra até o momento, 37 mortes e 21 pessoas desaparecidas segundo dados oficiais da Defesa Civil do Estado divulgados neste domingo (26), em razão das enchentes e dos deslizamentos provocados por chuvas fortes que ocorrem em Minas desde a última quarta-feira. No dia 24 foi o registrado o maior índice de chuva da série histórica iniciada há 112 anos, segundo os meteorologistas.
Os desaparecidos por localidades são:
Alto Caparaó: 3;
Belo Horizonte: 1;
Carangola: 1;
Conselheiro Lafaiete: 1;
Espera Feliz: 8;
Luisburgo: 3;
Manhuaçu: 3;
-Pedra Bonita: 1.
A cidade com mais mortes confirmadas até agora é Belo Horizonte, (8), seguida por Betim ( 6) e Ibirité com (5), conforme o mapa abaixo.
Último boletim divulgado na manhã deste domingo (26) pela Defesa Civil de Minas Gerais mostrou que 13.687 pessoas tiveram que deixar suas casas emergencialmente sendo que 3.354 perderam sua moradia. O governo de Minas estima que mais de 11,4 mil pessoas foram atingidas de alguma forma pelas chuvas fortes.
No início da manhã de hoje, o órgão confirmou que as mortes em Minas ainda têm uma concentração maior na região metropolitana que segue com as buscas. Os números maiores estão concentradas em Ibirité e Betim.
Belo Horizonte
Oito mortes foram confirmadas em Belo Horizonte até o momento. Na Vila Bernadete na região do Barreiro, os corpos de dois jovens do sexo masculino, de 19 e 21 anos foram encontrados ontem. Das mortes registradas nesta região do Barreiro a prefeitura admitiu que o local não tinha classificação de risco. Já que uma vistoria foi pedida pela Regional Barreiro por volta das 16 horas de sábado.
No Bairro Jardim Alvorada, um deslizamento de um barranco matou cinco pessoas na madrugada desse sábado.
No bairro Granja de Freitas, que registrou imagens impressionantes pelo volume do ribeirão Arrudas que passa pelo bairro, uma pessoa ainda sem identificação foi confirmada pelo órgão.
A Defesa Civil de Belo Horizonte divulgou um novo alerta de risco geológico neste domingo válido até a próxima sexta-feira (31). O risco de solo encharcado em BH, segundo o órgão, pode provocar novos deslizamentos, quedas de muros e erosões.
Áreas de instabilidade atmosféricas devem provocar pancadas de chuva isoladas, com rajadas de vento em torno de 40 km/h. Volume previsto até 20 mm é válido até 8h de segunda-feira (27).
Pelo mapa divulgado, as nove regiões da capital mineira, Venda Nova, Norte, Nordeste, Pampulha, Leste, Noroeste, Centro Sul, Oeste e Barreiro receberam nos últimos três dias chuvas intensas com 70 mililitros no acumulado.
O órgão orienta que a atenção seja redobrada caso se perceba:
1) Trinca nas paredes
2) Água empoçando no quintal
3) Portas e janelas emperrando
4) Rachaduras no solo
5) Água minando na base de barrancos
6) Inclinação de postes ou árvores.
Caso perceba alguns desses sinais, acione imediatamente a Defesa Civil do seu município, por meio do telefone 199. O órgão recomenda ainda a saída imediata de casas nas quais fiquem visíveis sinais de desmoronamento.
Zema
Na manhã deste domingo, o Governador Romeu Zema (Novo) recebeu o ministro da Integração Nacional, Gustavo Canuto. Um sobrevoo foi feito em três aeronaves de pontos críticos de Minas para traçar um raio x dos pontos que vão precisar de recursos do Governo Federal.
Uma reunião realizada no gabinete militar do hangar da Pampulha contou com a presença dos prefeitos Alexandre Kali (Belo Horizonte), Vittorio Medioli (Betim), Alex de Freitas (Contagem), Wander Borges (Sabará), William Parreiras (Ibirité) além da presença do presidente da Associação Mineira do Municipio, Julvan Lacerda e representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Forças Armadas.
Na coletiva de imprensa, Zema destacou que no momento a prioridade é a ajuda humanitária e disse que obras emergenciais serão feitas. O prefeito Alexsndre Kalil não falou com à imprensa.
Foto: Maurício Vieira