O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta segunda-feira (9) à etapa de interrogatórios no processo que investiga uma suposta articulação para impedir a transição de poder após as eleições de 2022. O caso envolve oito réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-membros do governo e militares.
O primeiro a ser ouvido é o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de colaboração com a Polícia Federal. Os demais depoimentos seguirão ordem alfabética: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
As audiências ocorrerão durante toda a semana, em horários distintos: na segunda-feira às 14h; terça-feira das 9h às 20h; quarta-feira das 8h às 10h; quinta-feira das 9h às 13h; e sexta-feira das 9h às 20h.
Os acusados respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, formação de organização criminosa, dano ao patrimônio público e tentativa de subverter o Estado Democrático de Direito.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, determinou que os interrogatórios sejam realizados presencialmente, com exceção de Walter Braga Netto, que está detido no Rio de Janeiro e será ouvido por videoconferência.
As sessões estão sendo transmitidas ao vivo pelos canais institucionais do STF, garantindo a publicidade dos depoimentos.
Foto: Reprodução.