O jornalista André Carvalho foi enterrado na manhã desta quarta-feira (30) no Cemitério Belo Vale, na cidade de Santa Luzia/MG.
De sua vasta obra, destaco o romance “Cuba-Libre”, de cunho autobiográfico, ganhador do Prêmio “Casa de las Américas” (Cuba, 1985).
Na página 138, edição da Nova Fronteira, 1985, deparo com mensagem bela, mas também perturbadora, sobretudo nestes tempos em que as máquinas (o carro com som no mais elevado volume, o computador, o telefone celular, e por aí vai) escravizam tanta gente, e sem perspectivas de alforria! Eis o alerta genial do escritor, que não deve ser lido apenas nas linhas ou nas entrelinhas, mas igualmente além das linhas:
“As pessoas pouco afetivas gostam muito das máquinas. O diálogo com o motor diminui a solidão”.