Home Economia #TchauGuedes: Medida favorável a bancos, templos e partidos gera reações negativas nas redes

#TchauGuedes: Medida favorável a bancos, templos e partidos gera reações negativas nas redes Após governo propor menor imposto para bancos, a hashtag contra Paulo Guedes ocupou o topo dos assuntos do momento do Brasil no Twitter.

22 de julho de 2020, 21h02 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O governo federal manteve, nessa terça-feira (21), regimes tributários diferenciados para algumas atividades econômicas na proposta de reforma tributária que levou ao Congresso Nacional. A medida gerou críticas nas redes sociais e fez explodir uma hashtag contra o texto na tarde desta quarta-feira (22).

A proposta inclui medidas favoráveis aos bancos e às igrejas (aliadas do presidente Jair Bolsonaro). A Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS), previsto no texto como forma de substituir PIS/Cofins, isenta igrejas evangélicas e serviços de transporte coletivo municipal.

O projeto também prevê uma alíquota menor para o setor financeiro. Enquanto a cobrança sobre produtos e serviços em geral seria de 12%, a que incidiria para bancos, planos de saúde e seguradas seria de 5,9%. O Ministério da Economia justifica essa diferença com o argumento que essas empresas não geram nem se apropriam de crédito tributário ao longo da cadeia de produção.

Bancos, planos de saúde e seguradoras , por exemplo, continuarão com a atual forma de apuração de impostos e pagarão uma alíquota especial de 5,8%. O Ministério da Economia afirmou que a diferenciação se dá por conta das instituições financeiras não gerarem ou se apropriarem de crédito e, por conta disso, não seriam tributadas da mesma forma que o restante das atividades econômicas.

No Twitter, surgiram muitas críticas aos “benefícios”.

O texto foi entregue nesta terça-feira (21) pessoalmente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, aos presidentes do Congresso e da Câmara, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), respectivamente.

O governo ainda deve enviar ao Congresso uma segunda, terceira e quarta partes da sua proposta de reforma tributária. Essas novas fases vão mexer com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda (IR), folha de pagamentos e imposto sobre transações digitais.

Nas próximas partes da proposta outros temas serão abordados, como reoneração da cesta básica, a tributação de dividendos e a desoneração da folha.

Foto: AFP/18-03-2020

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário