Por Metrópoles
O Tribunal de Contas da União (TCU) atendeu ao pedido feito pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), e deu início a uma investigação sobre “possíveis irregularidades na publicidade e nos gastos” do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o cartão corporativo.
A apuração será coordenada pelo ministro Antonio Anastasia – que, na semana passada, assumiu a vaga deixada por Raimundo Carreiro.
No pedido de investigação, o senador alegou que houve “aumento considerável” das despesas nos últimos anos e apontou possível uso indevido dos recursos públicos.
Em três anos de governo, os gastos com cartões corporativos da Presidência da República chegaram a R$ 29,6 milhões, valor que supera em 19% o total desembolsado nas gestões de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), juntas.
“A atual gestão vem utilizando os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal”, escreveu o senador no pedido.
Contarato ainda ressaltou que as despesas de 2021 alcançaram o valor de R$ 11,8 milhões – a maior quantia registrada nos últimos oito anos.
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles