Por Metrópoles
O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, nesta quarta-feira (22/3), o destino dos presente recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por autoridades árabes.
Em um primeiro momento, o TCU havia decidido que o material deveria ser guardado na Secretaria-Geral da Presidência. Agora, porém, a Corte mudou o entendimento para que as joias, em posse do ex-presidente, sejam entregues à Caixa Econômica Federal, que conta com cofre, peritos e estrutura de segurança.
Já as armas ganhadas por Bolsonaro por autoridades dos Emirados Árabes devem ser entregues no edifício-sede da Polícia Federal, em Brasília. As joias de R$ 16,5 milhões retidas pela Receita Federal também devem ser entregues à Caixa Econômica Federal.
Na semana passada, o TCU determinou que Bolsonaro devolvesse as joias para o patrimônio nacional em até cinco dias. O destino, porém, seria a Secretaria-geral da Presidência.
O local não tinha a estrutura e a segurança adequadas para guardar os bens de alto valor. Dessa forma, o Ministério Público junto ao TCU recomendou a mudança de orientação. A sugestão foi acatada pelo relator, ministro Augusto Nardes, e aprovada por unanimidade no plenário da Corte de Contas.
Conforme revelado pela coluna Guilherme Amado, Bolsonaro esteve nos Emirados Árabes Unidos em outubro de 2019 e foi presenteado com uma pistola e um fuzil, este último customizado com seu nome.
O fuzil é de calibre 5,56 mm e a pistola, 9 mm. No site Casa do Tiro, um fuzil semelhante custa de R$ 32 mil a R$ 42 mil. A pistola é de R$ 5,9 mil a R$ 15,6 mil. Os preços variam no mercado internacional, a depender da procedência.
As armas, segundo integrantes da comitiva, teriam sido presentes de um príncipe de uma família real dos Emirados Árabes. O fuzil foi entregue a um terceiro indivíduo, que repassou o bem a Bolsonaro dentro do avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O ex-presidente teria gostado do presente.
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