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Todos os líderes nas pesquisas a um mês da eleição viraram presidente Levantamento foi feito com base nas pesquisas realizadas pelo instituto Datafolha nos últimos oito pleitos

2 de setembro de 2022, 10h04 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Metrópoles

Pesquisas do Instituto Datafolha sobre as eleições presidenciais realizadas desde 1989, quando ocorreu o primeiro pleito direto depois da redemocratização, mostram que o candidato que liderava a um mês da votação venceu a disputa em todos os casos.

Desde 1994, as eleições são realizadas no Brasil no mês de outubro. Por isso, foram consideradas as pesquisas aplicadas em setembro dos anos de 2018, 2014, 2010, 2006, 2002, 1998 e 1994. Em 1989, quando Fernando Collor (então no PRN) foi eleito presidente, o primeiro turno ocorreu em 15 de novembro e o segundo, em 17 de dezembro. Portanto, para aquele pleito em particular foi considerado o levantamento Datafolha realizado entre 18 e 19 de outubro.

O Datafolha foi selecionado para a análise, porque é o único que presta o serviço da mesma forma desde a volta da democracia ao país, e com constância e regularidade na divulgação de pesquisas eleitorais.

Na primeira eleição direta, em 1989, Collor aparecia com 26% das menções, enquanto Leonel Brizola (PDT) e Lula (PT) estavam tecnicamente empatados, com 15% e 14%, respectivamente. O resultado do primeiro turno levou Collor (30,47%) e Lula (17,18%) para um segundo escrutínio. Brizola teve 16,51% dos votos.

Em 1994 e em 1998, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu ainda em primeiro turno, em ambas tendo Lula como principal adversário. Foram as duas únicas vezes, até agora, em que as eleições foram resolvidas sem a necessidade de uma segunda votação.

Na primeira eleição da década de 90, FHC começou a disputa atrás de Lula, mas foi revertendo o quadro paulatinamente a partir de meados do ano. No início de setembro, ele tinha 44%, ante 23% do petista. Em 1998, o tucano não ficou atrás de Lula em nenhum levantamento. Em setembro daquele ano, FHC contava com 48% das intenções de voto, contra 26% do candidato do PT.

Já em setembro de 2002, Lula tinha 40% das intenções de voto e José Serra (PSDB), 21%. O resultado do primeiro turno foi: Lula com 46,44% e Serra com 23,19%. Em 2006, o petista repetiu o feito. A um mês das eleições, tinha 51%, contra 27% de Geraldo Alckmin (PSDB). Até outubro, porém, Alckmin cresceu a ponto de quase encostar em Lula (48,61% x 41,64%) e impor uma segunda rodada de votação.

Em 2010, Dilma Rousseff (PT) tinha 50% a um mês das eleições, versus 27% de Serra. O resultado de primeiro turno ficou: 46,91% x 32,61%. No mesmo período de 2014, a petista liderava com 36%, mas a segunda colocada era Marina Silva (então no PSB), com 33%. Aécio Neves (PSDB) estava na terceira colocação, com 15%. Foram para segundo turno a petista, com 41,59%, e Aécio, com 33,55%.

Em 2018, Bolsonaro já aparecia à frente em setembro, com 26% das intenções de voto, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 13%, Marina Silva (Rede), com 11%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%. Recém colocado na cabeça da chapa, Fernando Haddad (PT) alcançava 9%, tecnicamente empatado em segundo lugar com Ciro, Marina e Alckmin, considerando a margem de erro.

Metodologia

O levantamento do Metrópoles baseou-se nos acervos do instituto e em notícias veiculadas pela imprensa. Foram consideradas perguntas estimuladas com o principal cenário apresentado ao eleitor.

Para as apurações finais das eleições, foram consultados os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foto: Guilerme Prímola/Metrópoles

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