O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a guerra comercial em andamento como uma “revolução econômica” e reiterou suas críticas à retaliação da China às tarifas impostas pelo governo americano. Em uma postagem em sua rede social Truth Social, neste sábado (5), o republicano declarou que “não será fácil, mas o desfecho será histórico”.
“NÓS VENCEREMOS. AGUARDE COM RESILIÊNCIA […]. Faremos a AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!!!”, escreveu Trump em sua plataforma.
Na última quarta-feira (2), marcada por Trump como o “Dia da Libertação”, o presidente dos EUA revelou um pacote de “tarifas recíprocas” contra seus parceiros comerciais. O norte-americano acusou a China de aplicar uma taxa de 67% sobre os produtos dos EUA, o que levou os Estados Unidos a retribuir com uma tarifa de 34%. Já na sexta-feira (4), Pequim anunciou um imposto de importação similar sobre os bens norte-americanos.
Trump já havia afirmado que a China teria se apavorado e cometido um erro ao adotar a “única ação que não pode se dar ao luxo de fazer”.
Agora, o presidente voltou a atacar Pequim, dizendo que “a China sofreu muito mais do que os EUA, de longe”. Ele ressaltou que “eles e muitas outras nações nos trataram de maneira insustentável. Fomos o ‘bobo da corte’ indefeso, mas isso acabou. Estamos trazendo empregos e empresas como nunca antes. Já temos mais de CINCO TRILHÕES DE DÓLARES em investimentos, e esse número só cresce!”, destacou Trump.
As tarifas anunciadas pelo presidente começaram a valer neste sábado, mas ainda com uma taxa-base de 10%. Das 185 nações afetadas pelas medidas de Trump, 126 terão seus produtos taxados nesse patamar. Os outros países, como a China, enfrentarão uma tarifa mais alta a partir de quarta-feira (9).
Com o aumento, os produtos chineses terão uma taxa média de 54% para entrar nos EUA.
Trump também indicou que estaria disposto a negociar as tarifas com seus parceiros comerciais, caso eles apresentem “algo extraordinário” para os Estados Unidos.
Foto: REUTERS/Kevin Lamarque.
