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Twitter marca publicação do Ministério da Saúde como ‘enganosa’ Rede social advertiu a pasta de Pazuello, já que não há comprovação científica da recomendação por 'tratamento precoce' anunciada; presidente Bolsonaro também foi advertido.

17 de janeiro de 2021, 11h12 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O Twitter destacou hije uma publicação do Ministério da Saúde como “informação enganosa”. Trata-se de uma mensagem sobre atendimento precoce para o tratamento da Covid-19, que foi marcada pela rede social como “potencialmente prejudicial” à saúde das pessoas.

O Ministério da Saúde, na publicação censurada pela rede social, diz que “quanto mais cedo começar o tratamento, maiores as chances de recuperação”. E continua: “Então, fique atento! Ao apresentar sintomas da Covid-19, #NãoEspere, procure uma Unidade de Saúde e solicite o tratamento precoce”.

O chamado tratamento precoce defendido pelo Ministério da Saúde e pelo presidente da República contra a Covid-19 não tem comprovação científica. Um posto do presidente já havia recebido advertência do Twitter, por conteúdo semelhante.

Sobre a publicação do Ministério da Saúde, a rede social informou que “Este Tweet violou as Regras do Twitter sobre a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à COVID-19”.

Presidente

O Twitter colocou uma marcação de “informação enganosa e potencialmente prejudicial” também em um post do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o tratamento precoce da covid-19. Segundo a rede social, a mensagem viola as regras da plataforma.

Na mensagem publicada por Bolsonaro, ele também diz que estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce da covid, com antimaláricos, “podem reduzir a progressão da doença”. Os antimaláricos são medicamentos para tratar a malária, sendo hidroxicloroquina e cloroquina as principais substâncias incluídas nessa categoria.

Desde o início da pandemia, o presidente vem defendendo o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19, mas não há comprovação científica de sua eficácia. Bolsonaro também questionou, em diversas ocasiões, os possíveis efeitos colaterais da vacina e a gravidade da pandemia, além de ser contra medidas restritivas para evitar a contaminação pelo vírus.

Na mensagem, Bolsonaro também compartilha um vídeo do jornalista Alexandre Garcia falando sobre um estudo publicado em agosto para justificar o uso de remédios sem eficácia comprovada como tratamento precoce para covid-19.

Na gravação, Garcia, que atua como comentarista na CNN Brasil, diz, sem apresentar provas, que o tratamento precoce é “o que mais está salvando vidas no Brasil”. O jornalista é um apoiador de Jair Bolsonaro e já chegou a defender a cloroquina em um seminário na Funag (Fundação Alexandre de Gusmão) — a fundação, ligada ao Itamaraty, já teve vídeo removido do YouTube por disseminar fake news.

O estudo foi originalmente publicado no site da revista em 6 de agosto e, desde então, diversos outros estudos já apontaram a ineficácia do uso de medicamentos como hidroxicloroquina, azitromicina e outros.

Com Veja e Uol
Foto: Agência Brasil

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