Home Saúde UFMG adia início de teste com vacina da Covid-19 da Johnson & Johnson

UFMG adia início de teste com vacina da Covid-19 da Johnson & Johnson A farmacêutica norte-americana anunciou suspensão temporária de testes com vacina contra a Covid-19 após voluntário apresentar efeitos adversos à dose.

14 de outubro de 2020, 15h14 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou nessa terça-feira (14), que vai adiar o início dos testes da possível vacina contra a covid-19, fabricada pela empresa americana Johnson & Johnson.

A incerteza emerge após a farmacêutica ter anunciado nessa segunda-feira (12) a suspensão temporária do estudo depois que um voluntário adoeceu – sabe-se apenas até o momento que ele apresentou uma “doença inexplorada”. Enquanto não há definição, a UFMG mantém aberto o pré-cadastro de interessados em participar dos testes com a vacina da Johnson & Johnson. Até agora, cerca de 25 mil pessoas cadastraram-se na Faculdade de Medicina.

Segundo a empresa, o caso está sendo analisado pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados independente ENSEMBLE (DSMB) e por médicos da companhia. A farmacêutica não deu maiores detalhes sobre o caso “para respeita a privacidade do participante”, e esclareceu que efeitos adversos sérios são “uma parte esperada de qualquer ensaio clínico”.

Inicialmente, a UFMG planejava começar a testar a vacina em humanos nesta semana. Aproximadamente 2.000 voluntários vão participar da pesquisa na Faculdade de Medicina.

Agora, segundo comunicado da instituição, a nova data “será definida após a comunicação oficial com o posicionamento do comitê responsável sobre a natureza da reação adversa em questão e a recomendação de como o estudo deverá seguir”.

A faculdade recebeu, até o momento, 25 mil inscrições de interessados em participar do estudo. Ainda de acordo com a universidade, a pausa na pesquisa “é uma situação comum nessa etapa do estudo e mostra que a avaliação e vigilância dos efeitos adversos nos participantes estão funcionando”.

Os centros de pesquisa da UFMG também testam em profissionais da saúde a vacina Coronavac, da fabricante chinesa Sinovac. Os estudos do imunizante chinês não foram paralisados.

No mês de setembro, a AstraZeneca suspendeu por cinco dias os testes da vacina que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

A medida foi necessária após um dos voluntários também apresentar possíveis sintomas adversos, mas as análises não apontaram relação com o imunizante. A Universidade Federal de Minas Gerais não faz parte deste estudo.

Foto: Freepik

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