O Papa Francisco, internado há quase três semanas devido a uma pneumonia dupla, encontra-se em estado estável e segue em fisioterapia, conforme informou o Vaticano nesta quinta-feira (6). O pontífice, de 88 anos, foi hospitalizado no dia 14 de fevereiro no hospital Gemelli, em Roma, após ser diagnosticado com uma infecção respiratória severa que exigiu acompanhamento médico contínuo.
Na quarta-feira (5), a Santa Sé comunicou que a condição de Francisco permaneceu estável, permitindo que ele continuasse suas atividades e intensificasse a fisioterapia respiratória.
O Vaticano destacou que, pela primeira vez desde sua internação, o papa, que tem utilizado cadeira de rodas nos últimos anos devido a dores nos joelhos e na região lombar, iniciou um tratamento fisioterapêutico para melhorar sua mobilidade.
No boletim desta quinta-feira, foi informado que a fisioterapia segue em andamento, assim como os demais tratamentos. A próxima atualização sobre seu estado de saúde está prevista para a noite de hoje, no horário local.
Nos últimos dias, as comunicações do Vaticano adotaram um tom mais positivo, após dois episódios de “insuficiência respiratória aguda” ocorridos na segunda-feira (3).
Desde então, Francisco não voltou a apresentar novas crises, segundo o Vaticano. Entretanto, os médicos alertaram que seu quadro ainda exige cautela, classificando o prognóstico como “reservado”, o que significa que a recuperação completa ainda não está garantida.
Os episódios de segunda-feira demandaram o uso de ventilação mecânica não invasiva, que consiste na aplicação de uma máscara facial para auxiliar na respiração. Atualmente, o papa utiliza esse suporte apenas durante a noite, recebendo oxigênio via cateter nasal durante o dia.
O líder da Igreja Católica não apareceu publicamente desde sua internação, o que representa sua maior ausência desde o início de seu pontificado, há 12 anos. Os médicos não especificaram por quanto tempo o tratamento deve continuar.
Mesmo hospitalizado, Francisco tem mantido sua rotina de trabalho. Nesta quinta-feira, o Vaticano anunciou a nomeação de dois novos bispos, uma decisão que exigiu a aprovação do pontífice.
Nos últimos dois anos, o papa enfrentou diversos problemas de saúde e é suscetível a infecções pulmonares devido a um episódio de pleurisia na juventude, que resultou na remoção parcial de um pulmão.
A pneumonia dupla, condição que afeta ambos os pulmões, pode causar inflamação e fibrose pulmonar, dificultando a respiração e tornando o tratamento mais desafiador.
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