O Vaticano informou na manhã deste domingo (9/3) que o papa Francisco teve uma “noite tranquila” e permanece em repouso. No sábado (8/3), um boletim médico apontou que o pontífice apresentou uma “melhora gradual e leve”.
Segundo a Santa Sé, Francisco respondeu bem ao tratamento, não apresentou febre e demonstrou progresso nas trocas gasosas. “Os exames de sangue e hemogramas permanecem estáveis”, destacou o comunicado.
Na manhã deste domingo, durante a missa na Praça São Pedro, em celebração ao Jubileu do Mundo do Voluntariado, o cardeal Michael Czerny será responsável por ler a homilia do papa. O Vaticano informou ainda que, à tarde, Francisco acompanhará os exercícios espirituais que se iniciam na Sala Paulo VI, em comunhão espiritual com a Cúria Romana.
O que significa prognóstico reservado?
De acordo com o Ministério da Saúde, um prognóstico se refere à previsão da evolução de uma doença após o diagnóstico.
Quando o termo “prognóstico reservado” é utilizado, indica-se que o estado de saúde do paciente é grave, demandando cuidados intensivos e monitoramento constante, sem uma certeza sobre sua recuperação.
O estado de saúde do papa Francisco
Internado desde 14 de fevereiro no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, Francisco foi diagnosticado inicialmente com bronquite, posteriormente identificada como uma infecção no trato respiratório. Sua condição tem apresentado oscilações.
No dia seguinte à internação, exames revelaram uma infecção respiratória polimicrobiana. Em 18 de fevereiro, constatou-se que o papa desenvolveu pneumonia bilateral, afetando ambos os pulmões, além de bronquiectasia e bronquite asmática.
No dia 22 de fevereiro, o pontífice enfrentou uma crise respiratória prolongada, necessitando de oxigênio de alto fluxo e transfusões de sangue devido a um quadro de anemia associada. No dia seguinte, exames indicaram um início de insuficiência renal leve. Em 25 de fevereiro, o Vaticano relatou uma melhora na inflamação pulmonar e estabilidade nos exames laboratoriais.
Contudo, em 28 de fevereiro, Francisco apresentou um agravamento do quadro, com um episódio de broncoespasmo, vômito por inalação e comprometimento respiratório. Ele precisou passar por um procedimento de broncoaspiração e iniciar ventilação mecânica não invasiva.
Na última segunda-feira (3/3), o papa sofreu duas crises de insuficiência respiratória aguda causadas pelo acúmulo de muco nos brônquios e pelo broncoespasmo. Apesar da complexidade do caso, seu estado de saúde encontra-se estável desde então.
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