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Vazamentos contra Moraes são tentativa de obstruir investigações, diz PGR

23 de agosto de 2024, 15h34 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Na quinta-feira (22), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o vazamento de mensagens de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) tinha como objetivo questionar as investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Em sua manifestação, Gonet destacou que esses vazamentos tiveram a intenção de desestabilizar as instituições republicanas e incitar atos antidemocráticos.

Gonet declarou que o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional foi uma tentativa clara de colocar em dúvida a legitimidade e a integridade das investigações em curso no STF. Ele enfatizou que essas informações foram divulgadas recentemente por veículos de comunicação com o propósito de minar a confiança pública nos trabalhos investigativos conduzidos pelo ministro Moraes.

“Na espécie, o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional, recentemente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”, disse.

O PGR defendeu a apreensão do celular do ex-servidor do gabinete de Moraes, Mauro Tagliaferro, como uma medida necessária para identificar os responsáveis pelos vazamentos. “A apreensão é relevante para cessar as práticas delitivas e resguardar a segurança e a lisura de importantes trabalhos investigativos que estão a serviço da coletividade”, afirmou.

Esta foi a primeira vez que o procurador-geral da República se manifestou oficialmente sobre o caso. Gonet explicou que o inquérito para investigar o vazamento foi iniciado sem um pedido formal por parte da PGR, sendo a instituição informada apenas após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de abrir a investigação.

O ex-servidor Mauro Tagliaferro, cujo celular foi apreendido, havia atuado como chefe de enfrentamento à desinformação no TSE durante a gestão de Moraes. Segundo informações, Moraes negou qualquer irregularidade nos procedimentos adotados durante sua gestão e destacou a importância da transparência e da legalidade nas investigações.

Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Reprodução

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