Por G1
Pegar empréstimos vai ficar mais difícil com o novo aumento da taxa básica de juros. A Selic agora está no maior patamar desde 2017: 11,75% ao ano. E, quando os juros sobem, o custo do crédito fica mais caro.
Diante do cenário, o objetivo do Banco Central é segurar a inflação. A ideia é exatamente tornar o crédito mais caro para diminuir o consumo. Com menos gente comprando, a tendência é que o comércio e a indústria reajustem menos os preços e, assim, a inflação fica mais comportada. Por outro lado, conseguir um empréstimo tem ficado cada vez mais difícil.
A taxa bancária que, em média, estava em 28,5% em janeiro do ano passado, pulou para 35,3%. A Associação Nacional de Executivos fez uma projeção com este novo aumento da Selic, que é uma referência ao mercado.
A taxa do cartão de crédito que, de longe, é a mais cara, deve pular para 360,92%. A do cheque especial vai pra quase 148%.
Em janeiro, as operações de crédito tiveram queda de 11,3% na comparação com dezembro do ano passado. A maior baixa foi no número de empréstimos à pessoa jurídica: 25,4%. Já os empréstimos para pessoa física caíram quase 13%, com destaque para o empréstimo consignado, aquele com desconto na folha: esse teve queda de 34,8%.
Segundo a Federação de Bancos, em janeiro o volume de crédito sempre cai. Mas, por causa das dificuldades da economia, a expectativa é de um crescimento menor este ano.
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