Em parceria com The Intercept, a Revista Veja publicou nesta sexta-feira (5) uma extensa reportagem sobre as conversas vazadas entre procuradores do Ministério Público Federal e o ex-juiz federal Sérgio Moro.
De acordo a revista, através de análise de cerca de 650 mil mensagens, não há dúvida que Moro atuou como chefe do MPF, pedindo a inclusão de provas em processos, mandando acelerar ou retardar operações e fazendo pressão contra delações.
Em novos diálogos que também foram revelados pela revista Veja e o site The Intercept Brasil mostram que durante um diálogo com o procurador Deltan Dallagnol, o então juiz Sergio Moro disse ter sido procurado pelo apresentador Fausto Silva, da TV Globo, que o parabenizou pelo trabalho da Lava Jato e deu conselhos para que os procuradores falassem de forma mais simples, durante as entrevistas ou coletivas para que toda a população entendesse.
Um dos principais pontos das conversas reveladas nesta sexta é referente a um pedido de Moro a uma delegada da Polícia Federal em Curitiba, identificada como Érika Marena. De acordo com a publicação, o ex-juiz retardou a inclusão de uma prova no processo de Flávio Barra — executivo da Andrade Gutierrez preso na operação — para manter o processo na capital paranaense e não ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Por meio de nota, o Ministério da Justiça declarou, novamente, que não reconhece a veracidade das supostas mensagens divulgadas. Desde o dia 9 de junho, o Intercept está divulgando mensagens do ministro com os procuradores da Lava Jato feitas pelo aplicativo Telegram, entregues por uma fonte que não teve a identidade revelada.
1 comentário
O seu texto é sucinto, objetivo e claro. Dá gosto ler, mesmo sendo política e economia que eu entendo tão pouco.