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Veja situação de cidades que continuam sofrendo com impactos da chuva em Minas Gerais Ainda há cenas de caos em Nova Lima, Juatuba, São Joaquim de Bicas e Rio Acima.

12 de janeiro de 2022, 11h43 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

Muitas cidades em Minas Gerais ainda estão sofrendo os impactos provocados pela chuva das últimas semanas. Em 24 horas, o número de municípios em situação de emergência mais que dobrou, saltando de 145 para 341, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Estadual, na manhã desta quarta-feira (12).

Ainda conforme o órgão, o número de mortes desde o início do período chuvoso, em outubro do ano passado, já chega a 24. Em todo o estado, 24.610 estão desalojados e 3.992 desabrigados .

Veja a situação de algumas municípios de Minas:

Nova Lima

No distrito de São Sebastião das Águas Claras, mais conhecido como Macacos, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, houve deslizamento de terra e moradores estão ilhados.

A equipe de reportagem da TV Globo precisou passar por dentro de um condomínio e uma estrada de terra para ter acesso à rodovia que dá acesso ao distrito – que está coberta por água de chuva que chega quase a cobrir postes de iluminação.

Rodovia que dá acesso em Macacos está submersa — Foto: Reprodução/TV Globo

No km 20 da MG-030, uma cratera “engoliu” parte da pista no sentido Nova Lima. A prefeitura e a Polícia Militar Rodoviária interditaram parcialmente a rodovia, e um desvio foi improvisado.

No bairro Vila da Serra, o muro de um condomínio corre risco de cair e a área foi isolada.

No distrito de Honório Bicalho, cenário de devastação. Casas destruídas, carro virado em meio à lama, muito lixo e restos de móveis espalhadas nas ruas.

Juatuba

Rua alagada no bairro Varginha impedem entrada e saída de moradores de condomínio — Foto: Lucas Franco/TV Globo

O nível do Ribeirão Serra Azul, em Juatuba, na Grande BH, alagou ruas do bairro Varginha há cinco dias. Moradores de um condomínio de prédios estão impedidos de entrar e sair.

Houve até vizinho que abriu o portão de casa para dar vazão à enxurrada. Há bairros sem fornecimento de água.

Um trecho da MG-050, na alça que dá acesso a Juatuba, está interditado, e a travessia é feita somente com lancha ou moto aquática.

Moradores precisam usar lanchas e motos aquáticas para fazer travessia em rodovia em Juatuba — Foto: TV Globo

São Joaquim de Bicas

Cratera se abriu na Avenida Jorge Sachs Resk, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH — Foto: Reprodução/TV Globo

Em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana, 500 famílias estão desalojadas, e uma cratera se abriu na Avenida Jorge Sachs Resk.

Os bairros Boa Esperança e Paciência estão sem água, e moradores, ilhados.

Rio Acima

Ruas com móveis estragados e muita lama em Rio Acima — Foto: Reprodução/TV Globo

O Globocop sobrevoou Rio Acima e mostrou que o nível da água do Rio das Velhas havia abaixado, mas havia muita lama e sujeira nas ruas. São móveis, colchões, eletrodomésticos, por exemplo.

Máquinas pesadas e caminhões faziam a limpeza. O helicóptero não flagrou casas inundadas e nem pessoas ilhadas.

Vespasiano

Após o transbordamento do Ribeirão da Mata, que alagou as principais avenidas do centro da cidade de Vespasiano, funcionários da prefeitura já iniciam a limpeza das vias.

Limpeza é realizada em Vespasiano — Foto: Prefeitura de Vespasiano / Divulgação

Imóveis e comércios foram invadidos pela água. O comerciante Marcos Magela de Morais, de 60 anos, teve um prejuízo que pode ultrapassar R$ 1,5 milhão na carpintaria onde trabalha.

“A gente fica com uma sensação de que a gente não é nada. Fica olhando, inerte, a água subir para o seu pé. Estou com três veículos embaixo da água. É uma sensação de que você não sabe o que salvar. O almoxarifado? Os carros? A água subiu muito rápido. Você pensa em tudo o que você construiu, trabalhou. Uma sensação de total impotência”, desabafou.

Carro ficou debaixo de água em galpão no Centro de Vespasiano — Foto: Marcos Magela de Morais/Acervo Pessoal

Brumadinho

Após o transbordamento do Rio Paraopeba, quem vive em Brumadinho enfrenta os problemas com ruas e imóveis alagados. Conforme o último boletim da prefeitura da cidade, 887 pessoas estão desalojadas e 305 desabrigadas.

Casas foram tomadas pela água em Brumadinho — Foto: Gabriele Lanza / TV Globo

Belo Horizonte

Buraco se abriu na Rua Ozanan, no bairro Ipiranga, em Belo Horizonte — Foto: Elton Lopes/TV Globo

Os motoristas precisam redobrar a atenção por causa de um buraco que se abriu na Rua Ozanan, no bairro Ipiranga, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Uma faixa foi interditada, mas não há congestionamento no local.

Mariana

Em Mariana, na Região Central de Minas, 120 famílias foram retiradas de imóveis devido ao risco de desabamento. Conforme a Defesa Civil municipal, o deslizamento de encostas levou à interdição de diversas ruas e interrompeu as principais ligações com outros municípios.

Deslizamentos interditaram ruas em Mariana, na Região Central de MG — Foto: Prefeitura de Mariana/Divulgação

Famílias são retiradas de casas no Norte de Minas

No Norte de Minas, famílias são retiradas de suas casas nas áreas de risco na cidade de São Francisco. O nível do Rio São Francisco continua subindo. Conforme dados atualizados pela Defesa Civil do município, até o início desta quarta, o número de famílias desalojadas chegava a 72.

O produtor rural José Francisco perdeu toda a lavoura e também vai ter que sair de casa.

“Sair assim é muito ruim, perdi a roça toda. A gente ver as coisas perdendo e não podemos fazer nada. É galinha morrendo dentro das águas. Escapa o que puder e o outro Deus ajuda que a gente adquire outra vez”, desabafou o produtor.

Seu José perdeu toda a lavoura e vai ter que sair de casa — Foto: Reprodução/ Inter TV

O município já preparou escolas para receber os moradores, mas até o momento somente uma família precisou utilizar o espaço. As outras estão em casas de parentes ou em residências próprias.

Foto: Reprodução/TV Globo

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