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Venezuela: Juan Guaidó perde cargo de presidente da Assembleia Nacional Deputado opositor Luis Eduardo Parra foi eleito para á presidência do Legislativo; aliados de Guaidó falam em "golpe"

6 de janeiro de 2020, 04h49 | Por Lena Alves

by Lena Alves

Em uma sessão tumultuada, a Assembleia Nacional da Venezuela escolheu  Luis Parra como seu novo presidente para este ano legislativo. O autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, que esperava ser reeleito para esse cargo, disse que foi impedido de entrar no parlamento. Novo presidente nega.

Acusado de corrupção e de relação com grupos paramilitares da Colômbia, Guaidó não conseguiu assegurar sua reeleição em votação realizada neste domingo (5).  Parra que é do partido Primeiro Justiça – integrante da Mesa de Unidade Democrática -, foi eleito com apoio de opositores insatisfeitos e deputados do PSUV, partido de Maduro, e assumiu o lugar do autoproclamado presidente.

A nova direção do Parlamento venezuelano será comandada por Parra, Franklin Duarte (Copei), José Gregorio Noriega (Vontade Popular) e Negal Morales (Ação Democrática), todos integrantes do bloco opositor. Segundo a rede TeleSUR, eles foram eleitos com 81 votos dos 150 presentes (ultrapassando o quórum mínimo). No total, são 167 deputados.

Pelas redes sociais, Guaidó e líderes de outros partidos da oposição denunciaram que a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) estaria impedindo o ingresso de deputados de oposição na Assembleia.

O presidente eleito da AN, Luis Parra,  disse que Guaidó não quis entrar. “Ninguém impediu Juan Guaidó de entrar. Ele não entrou porque não tinha votos, por isso ficou fora do Palácio Legislativo Federal.

Apesar das acusações de Guaidó de sofrer  um suposto golpe, a insatisfação de integrantes da oposição com sua liderança já era visível e a queda parecia iminente. “Durante muita parte de 2019, você foi a maior esperança desse país, mas virou a maior decepção. […] Juan Guaidó, a partir de hoje seu tempo acabou”, disse o deputado opositor José Brito pouco antes do início da sessão da AN.

GNB publicou uma nota negando o impedimento. “Garantimos a liberdade de imprensa, a segurança dos deputados e cidadãos que estão dentro e fora dessas instalações; promover a PAZ e respeitar os direitos humanos”, disse.

Com Agências Internacionais 

Foto: AP Fotos/Matias Delacroix

 

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