Um dos medicamentos que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse usar para o tratamento do novo coronavírus não tem eficácia comprovada, segundo o próprio fabricante. As informações são da colunista Monica Bergamo. Bolsonaro continua infectado pelo coronavírus, informou o Palácio do Planalto nesta quarta-feira (22).
Os farmacêuticos do vermífugo Annita publicaram nota em que negam a afirmação de Bolsonaro sobre a eficácia do composto. Pontuaram ainda que não recomendam o uso do fármaco em casos da doença sem acompanhamento médico. De acordo com o texto, os estudos que comprovariam a efetividade contra a Covid-19 ainda não foram concluídos.
“Toda e qualquer utilização de medicamentos fica a critério do médico, e deve ser uma decisão compartilhada com o paciente”, afirma a FQM Farmoquímica, que apoia quatro pesquisas para o uso do remédio.
Quando infectado, Bolsonaro fez propaganda dos remédios que tomava para curar o novo coronavírus, entre eles a hidroxicloroquina. O medicamento é tema de discórdia entre o Executivo e a comunidade de cientistas, que não recomenda o uso por falta de comprovação sobre a eficácia.
Desde que foi infectado, Bolsonaro já realizou três testes da doença, todos deram positivo. O último resultado saiu na manhã desta quarta-feira (22/7).
Em nota, o Planalto informou também que o estado de saúde do presidente segue “em boa evolução”.
“O presidente Jair Bolsonaro segue em boa evolução de saúde, sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República. O teste realizado pelo presidente no dia de ontem, 21, apresentou resultado positivo”, disse o Planalto.
De acordo com a Presidência, foram analisados o sangue e material da boca de Bolsonaro. O Planalto não mostrou o exame.
Bolsonaro anunciou no último dia 7 que recebeu diagnóstico positivo para a Covid-19. Desde então, ele tem trabalhado da residência oficial do Palácio da Alvorada, sem comparecer a eventos públicos.
Com informações do G1 e Metrópolis.
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