Por Metrópoles
O caso no qual uma religiosa disse que não poderia pregar “sobre viadagem” caso Lula (PT) vença a eleição para presidente foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF).
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado distrital Fábio Felix (PSol) mandou ao MPF uma representação em que pede providências legais cabíveis.
Felix apontou que a fala de Débora Mendes, uma líder da Comunidade Mel de Deus, em Luziânia (GO), é homotransfóbica. “O vídeo também escancara o cunho racista, xenófobo e propaga notícias falsas para difamar a imagem de um candidato à cargo político, além de praticar abuso de poder religioso e crime eleitoral”.
Na ocasião, Débora ministrava um curso de formação católica, em 3 de outubro, e chegou a dizer que caso o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, saia vitorioso no segundo turno, não será mais possível “pregar sobre viadagem” ou “sacanear e fazer humor com tudo e com todas as coisas”.
A mulher também posicionou-se contra a chamada “ideologia de gênero” e disse que o PT e a ONU são entidades “do capeta”.
A líder espiritual também reproduziu a notícia falsa sobre o “kit gay”, usada durante a campanha presidencial de 2018. Na época, o então candidato Fernando Haddad (PT) teria sido responsável por distribuir materiais eróticos a crianças de São Paulo. A notícia falsa ficou conhecida como “mamadeira de piroca”.
“Eu vou falar bem rasgado com vocês para vocês entenderem. Pênis, mamadeira de pênis em São Paulo para crianças de 2 a 6 anos, Haddad colocou. Certo?”, apontou ela.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que homofobia é crime, assim como racismo.
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