Por G1
Algumas da vias e regiões destruídas pela chuva da noite desta terça-feira (28) amanheceram limpas e com intervenções para melhorar a circulação de pedestres e veículos nesta quinta-feira (30). O cenário de destruição ainda marca alguns locais com crateras, trechos sem asfalto e marcas de deslizamentos.
Um dos pontos mais destruídos, a Avenida Prudente de Morais, na Cidade Jardim, área nobre da Região Centro Sul, estava praticamente limpa no início desta manhã. Agentes da Prefeitura fizeram trabalho intenso no local e todo o entulho já havia sido retirado. A avenida abriga em seu subsolo o Córrego do Leitão, que transbordou e provocou a enchente ao longo de todo o seu leito, que segue pela Rua Marília de Dirceu, e Curitiba até o Centro da capital, desaguando no Rio Arrudas.
A região foi a mais afetada na chuva da noite de terça-feira (28). Janeiro, que termina nesta sexta-feira (31), é o mês mais chuvoso da história da cidade desde o início da medição climatológica há 110 anos, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A capital mineira completou 121 anos em dezembro de 2019. Até agora, o primeiro mês de 2020 acumulou 932,3 milímetros de chuva na cidade, de acordo com o Inmet. O recorde anterior era de janeiro do ano de 1985, quando o acumulado do mês foi de 850,3 milímetros.
A previsão do tempo indica um aumento de temperatura na capital mineira nesta quinta-feira (30), mas pode chover na capital mineira. Segundo o Inmet, o dia deve ser de céu nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, mínima de 18°C e máxima de 32°C. Belo Horizonte segue em alerta geológico para os risco de deslizamentos e desmoronamentos até esta sexta-feira (31).
A chuva que castiga a capital mineira e todo o estado já matou 55 pessoas nos últimos seis dias. O Governo Federal já reconheceu situação de emergência em 101 cidades do estado.
As placas de asfalto arrancadas durante a enchente ainda podiam ser vistas na Avenida Cônsul Cadar, também na região do Córrego do Leitão, no entorno da Barragem Santa Lúcia. Apesar dos buracos no asfalto o trânsito estava liberado no trecho.
A Rua Marília de Dirceu, já no bairro de Lourdes, que foi totalmente destruída e é um dos pontos com o metro quadrado mais caro da capital mineira, também estava bem mais limpa no início da manhã. A tentativa agora é de reconstrução. O Trecho ainda estava com partes interditadas devido às crateras que se abriram na rua.
Ainda na Região Centro-Sul, outro ponto que já estava com trânsito liberado e sinal de recuperação era no cruzamento entre a Avenida do Contorno e a Rua Professor Morais, na Savassi. No local, o Córrego Acaba Mundo, que também é canalizado e fechado, transbordou e arrancou as tampas dos bueiros e respiros.
Outro ponto afetado foi um trecho da BR-356 na altura da curva do Ponteio, sentido Savassi. A limpeza ainda era feita na manhã desta quinta-feira, e o trânsito estava fechado parcialmente no sentido. Como ocorreu desmoronamento de barranco, a liberação depende de avaliação da Defesa Civil de risco geológico.
Região Oeste
Na cratera da Avenida Tereza Cristina, na Região Oeste, a cratera imensa que se abriu já começava a ser preparada para a recuperação nesta manhã. Técnicos e agentes da Prefeitura trabalhavam no local. O trecho ainda estava isolado.
A avenida, que foi a mais castigada com enchentes ao longo do mês, está com muita lama ainda em alguns pontos. e vários trechos interditados.
Também na Região Oeste, no Bairro Buritis, a Avenida Engenheiro Carlos Goulart, na bacia do Córrego do Cercadinho, que também transbordou na última terça-feira, já havia sido limpa, mas o trânsito estava fechado por causa de uma cratera que se abriu no trecho.
A Prefeitura trabalha nas áreas afetadas para limpeza e pequenos reparos. Segundo o prefeito Alexandre Kalil (PSD), as obras de reconstrução da cidade só devem ser feitas ao fim do período chuvoso.
Fonte/Créditos: G1
Foto: Reprodução/TV Globo