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Violência nas escolas: governo de MG vai criar botão do pânico, monitorar ‘dark web’ e treinar professores e alunos Medidas anunciadas pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, se somam à patrulhamento ostensivo da PM e regras mais rígidas para entrada nos prédios escolares

18 de abril de 2023, 08h29 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Itatiaia

Secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco disse nesta segunda-feira (17) que a pasta vai treinar professores e alunos para prestarem atendimento pré-hospitalar e também vai criar um botão do pânico que poderá ser acionado por meio do celular. As medidas foram pensadas para casos de ataques às escolas, como os que aconteceram nas últimas semanas em todo o país.

Greco e outros secretários do governo de Minas participaram de debate sobre a segurança escolar com os deputados estaduais durante o Assembleia Fiscaliza, iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

“Estamos começando a interligar as escolas com nosso Centro Integrado de Comando e Controle. É uma medida que pode ajudar a minimizar esse tipo de comportamento criminoso. Se houver algum evento em alguma escola interligada, imediatamente é despertado o nosso sinal vermelho. Vai ser uma forma de alerta”, declarou ele.

As medidas se somam ao que já foi anunciado pelo governador Romeu Zema (Novo) na semana passada, como reforço do patrulhamento da Polícia Militar no entorno das áreas escolares e um novo protocolo de acesso às escolas, em que passarão a ser obrigatórios a identificação e a autorização para a entrada de visitantes.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública liberou R$ 150 milhões para que estados e municípios reforcem a segurança nas escolas. Rogério Grego disse que a parte que couber ao governo de Minas será investida em ações de inteligência.

“O mais importante é fortalecer programas que façam pesquisas importantes, principalmente na dark web, para que a gente possa evitar esse tipo de comportamento”, disse ele. A dark web é uma parte oculta da internet que só pode ser acessada por meio de programas específicos de computador. Não há fiscalização e, por isso, é comum que os sites sejam utilizados para o planejamento de crimes, como tráfico de drogas e assassinatos.

O secretário de Educação, Igor Alvarenga, destacou que o assunto em debate não é a violência nas escolas, mas sim às escolas. “É necessário que entendamos que a escola é um reflexo da sociedade e nesse momento precisamos parar para pensar qual é a informação que esses adolescentes e jovens estão nos passando. A segurança escolar é uma obrigação de todos, desde o empresário que não libera seu funcionário para ir numa reunião de escolar até aquele que está dentro da escola lecionando”, disse ele.

Saúde mental

Ex-secretária de Educação no governo Fernando Pimentel, a deputada estadual Macaé Evaristo (PT) considera importante monitorar o que chamou de submundo da internet, mas afirmou também ser necessário pensar em ações de prevenção dentro das escolas.

Ela demonstrou preocupação especial com a saúde mental dos alunos. “A gente tem equipes de acompanhamento, com psicólogos e assistentes sociais, mas ainda é em número muito pequeno. É preciso ampliar o número desses profissionais para o atendimento às escolas, assim como ampliar a articulação das escolas com o SUS para casos que necessitem de um tratamento mais específico no campo da saúde mental”, declarou Macaé Evaristo.

Ela também pediu que sejam contratados mais professores e funcionários responsáveis pelo funcionamento das escolas, desde a portaria até às áreas de circulação.

Foto: Henrique Chendes/ALMG

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