Três anos e oito meses após o rompimento da barragem da Samarco na cidade de Mariana, um acordo para indenizar 83 vítimas foi fechado. Outros 3.500 atingidos também poderão optar por fechar um acordo e receber o dinheiro. Caso não aceitem a proposta da Fundação Renova, entidade foi criada para lidar com a reparação dos danos causados pela tragédia, o recurso pode demorar cerca de um ano.
A ação proposta pelo Ministério Público Estadual contra a BHP, Samarco e Vale, tem o objetivo de reparar os danos socioeconômicos causados pelo rompimento da barragem. Os acordos individuais têm valores específicos para cada uma das famílias atingidas e são confidenciais, de acordo com a Fundação Renova. Até o momento, 109 acordos extrajudiciais foram firmados e outros 19 foram recusados. Ao todo, essas indenizações representam R$ 65 milhões, dos quais, ainda segundo a Fundação, R$ 40 milhões foram pagos em indenização extrajudicial.
As vítimas que participaram deste acordo são excluídas da ação coletiva que ainda tramita na Justiça. Além das 83 famílias que correspondem as 212 pessoas, que aceitaram esse acordo individual, outras 244 pessoas também já haviam fechado ações individuais com a Renova.
Segundo o Ministério Público, Os valores variam de R$ 10 mil até R$ 3 milhões, logo em seguida, as vítimas vão receber as indenizações em suas contas bancárias.
Foto: Ricardo Morares/Reuters