No último domingo (31/3), o Fantástico exibiu uma polêmica matéria envolvendo Wilma Petrillo e Gabriel Burgos, a viúva e o filho da cantora Gal Costa. No meio de tantas acusações e trocas de farpas, a empresária enfrenta, ainda, uma batalha judicial que envolve seu nome e o da dona de uma das maiores vozes do país. A coluna Fábia Oliveira descobriu detalhes exclusivos desse caso.
No ano passado, esta colunista já havia contado que Wilma foi processada por Daniela Cutait em virtude da venda de um imóvel e de supostos problemas com pagamentos das contas de luz e gás. Além disso, Petrillo teria ofendido a mulher, afirmando que ela vivia “pendurada nos maridos ingênuos”, e insinuado, pejorativamente, que ela havia trabalhado como faxineira durante o período em que alega ter morado em Nova Iorque.
Pois bem. Descobrimos, com exclusividade, que Wilma Petrillo se retratou das falsas acusações feitas contra Daniela, mas se engana quem acha que o babado acabou. A ex-companheira de Gal se defendeu no processo e disse que é descabido cobrar contas de uma pessoa que morreu e cujo espólio sequer foi fechado. Ela foi clara ao dizer que quem deve responder por essa questão é o espólio, e não ela enquanto pessoa física.
Wilma pontuou, ainda, que a conta da Enel já era de titularidade de Gal Costa, tentando desmentir a autora da ação. A ex-esposa de Gal Costa afirmou que a conta da Comgás já estava em seu nome muito antes dos ataques desferidos por Daniela e do início da ação judicial.
Mas calma lá que o caldo fica ainda mais quente! Isso porque Wilma disse ter sido ofendida por Daniela e que, dessa forma, por meio de uma reconvenção (um contra-ataque), ela deveria pagar R$ 5 mil pelas ofensas propagadas nas redes sociais e que estamparam diversas matérias no país.
E se vocês acham que Daniela Cutait engoliu essa história a seco novamente se enganam. A moça disse ter ficado surpresa com a postura de Wilma que, mesmo depois de ter selado um acordo, apareceu no processo não só para se defender, mas para contra-atacar. Afinal, no próprio documento, ela já teria reconhecido que causou danos à autora e já havia assumido que existia uma titularidade de contas a ser feita.
Daniela relembrou que teve de pagar os débitos de Wilma para não ter prejuízos ainda maiores em seu nome e CPF.
Termos depreciativos, ofensas, desculpas, contra-ataques, o processo é um sururu que promete ainda dar o que falar. Vale lembrar que, após o embate público entre Wilma e o filho de Gal – que relatou que ela nunca o permitiu chamá-lo de “mãe” – é possível que Petrillo acabe escolhendo simplesmente resolver seus demais problemas na Justiça para que seu nome saia um pouco dos holofotes.
Se Gal dizia a seu público, em uma de suas mais belas canções, que era preciso saber da piscina, da margarida e da Carolina, talvez, no final das contas, seja melhor que ela não saiba de todo esse circo envolvendo seu nome e seu legado.
Relembre o caso envolvendo Wilma Petrillo, viúva de Gal
Segundo os autos aos quais a coluna teve acesso com exclusividade, a ação envolve a compra e venda de um imóvel. Daniela Cutait, autora do processo, alegou ter feito a venda para Gal em 31 de julho de 2020. Com a morte da cantora, Wilma Petrillo se manteve como possuidora do imóvel.
No contrato estava escrito que, após a transmissão do imóvel, a nova proprietária teria 30 dias para mudar a titularidade junto de prestadores de serviços competentes com tributos, tarifas e contribuições. Acontece que a mudança não foi feita dentro do prazo que o contrato exigia.
Daniela Cutait, então, começou a receber várias mensagens de cobrança de débitos de luz e gás atrasados, sempre sendo avisada que a situação poderia acabar com seu CPF negativado. Ela alega que chegou a pagar um débito no valor de R$ 2.499,54 apenas na tentativa de desligar os serviços da Enel.
Tentando resolver a questão da titularidade da conta de gás, Daniela teve mais problemas. Isso porque, segundo ela, a questão fez com que Wilma Petrillo fosse arrogante e grosseira, proferindo palavrões e bloqueando seu contato no WhatsApp. Sem ter outra saída, a autora da ação pediu o desligamento dos serviços.
Ocorre que, em relação ao gás, a Comgás disse que o desligamento precisaria ser realizado dentro da residência. Wilma Petrillo teria impedido os técnicos de entrarem na casa por três vezes. Já que a viúva não muda a titularidade e a Comgás não pode fazer o desligamento, Daniela diz que continua sendo cobrada e tendo seu nome inscrito em órgãos de proteção.
Wilma já chegou a postar em sua conta no Twitter alguns comprovantes de pagamento, na tentativa de provar que estava cumprindo com suas obrigações. Ela disse que o nome de Daniela estaria na Serasa por motivos diversos e que nada tinham a ver com ela. Falou, ainda, que ela vivia pendurada em maridos que honravam suas contas, alugava quartos em casa para ter uma renda extra, que seu grande mérito era ter morado em NY por dois anos e que isso era patético. No entanto, tais comprovantes apresentados seriam de contas de luz, e não das contas de gás.
Ainda nos documentos, Daniela diz que, além de não comprovar o pagamento, Wilma Petrillo teria a difamado, ao falar sobre “viver pendurada em maridos”.
Nos pedidos do processo, constam duas “Tutelas de Urgência”. Uma para que a Comgás promova a mudança de titularidade e a outra para que, caso a Comgás não o faça, a viúva de Gal Costa seja determinada a fazer no prazo de cinco dias, sob pena de multa de R$ 2 mil por dia.
Daniela pediu, ainda, R $2.499,54 a título de danos materiais. Já a título de danos morais, foi solicitado o montante de R$ 20 mil.
Com informações do Metrópoles.
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