Por Hoje em dia / Blog do Lidenberg
Dois dos principais nomes de uma possível corrida eleitoral, ainda não decidiram se se candidatam ou não nas próximas eleições. Um é o ultimamente citado Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, e o outro é o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), estando certo que, pela sua desenvoltura e pela frequência nas redes sociais, um outro participante dessa corrida é o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo – que por sinal se posiciona sempre contra o prefeito Fuad.
Zema cresce na medida de um suposto embate entre o governador paulista, Tarcísio de Freitas, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na verdade, ainda nesse final de semana o ex-presidente será hóspede de Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes. Isso revela que não há mais nenhuma rusga entre o governador paulista e o ex-presidente. Rusgas essas que surgiram quando o governador paulista apoiou a reforma tributária proposta pelo governo Lula. Aliás, parece que há uma certa combinação entre os dois porque nem Lula tira Bolsonaro da cabeça nem Bolsonaro tira o atual presidente da memória.
Mas ontem houve um fato que chama a atenção. A ministra Nísia Trindade, da Saúde, esteve em Belo Horizonte e liberou 180 milhões de reais para os hospitais da cidade, o que mereceu aplausos tanto do prefeito Fuad Noman quanto do secretário estadual da Saúde, Fábio Baccheretti, que preferiu atribuir a liberação de verbas da ministra da Saúde ao SUS – Sistema Único de Saúde, o que é compreensível.
Se Fuad ainda não se definiu quanto às eleições, mas certamente deverá se candidatar, até porque a lei não o impede, Zema contudo vem tropeçando sob a luz dos holofotes. Como, por exemplo, comparar a Inconfidência Mineira a um golpe – o que é risível, mais ainda quando se compara a sua biografia a um Milton Campos ou a Juscelino Kubistchek. Zema foi além ao dizer que os estados do sul e do sudeste têm “uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxilio emergencial” e que só esses estados “podem contribuir para este país dar certo”. O fato é que a possibilidade de Bolsonaro ter se tornado inelegível e com a probabilidade de Tarcísio buscar a reeleição, Zema busca a possibilidade de unir a direita para derrotar o PT em 2026, juntando-se a outros governadores, como Ratinho Jr, do Paraná, Claudio Castro, do Rio, Ronaldo Caiado, de Goiás, Jorginho Mello, de Santa Catarina e Mauro Mendes, do Mato Grosso. É essa direita que Zema procura costurar para alavancar uma possível candidatura sua à presidência da República, embora outras fontes julguem que Romeu Zema prefira disputar o Senado, ensaiando, no entanto, uma prévia à presidência. Na verdade, ainda há muita água para passar debaixo da ponte, como se diz aqui em Minas.
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