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Zema entrega título de cidadão honorário de Minas Gerais a Bolsonaro Ex-presidente foi homenageado no plenário da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (28)

28 de agosto de 2023, 19h57 | Por Redação - Blog do Lindenberg

by Redação - Blog do Lindenberg

Por Itatiaia
Com quatro anos de atraso, o governador Romeu Zema (Novo) entregou o título de cidadania honorária de Minas Gerais ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A homenagem ocorreu no fim da tarde desta segunda-feira (28), no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Do lado de fora, manifestantes a favor e contrários ao político do PL precisaram ser separados por policiais militares.

O pedido para uma homenagem a Bolsonaro foi assinado pelo governador, em um decreto publicado ainda no ano de 2019 – primeiro ano de mandato de ambos – após requerimento encaminhado ao chefe do Executivo estadual pelo deputado Coronel Sandro (PL). No entanto, uma cerimônia oficial nunca chegou a ser realizada.
Há cerca de duas semanas, o próprio parlamentar reuniu assinaturas de 26 colegas para que a homenagem pudesse sair do papel e ser realizada no Legislativo estadual.

Em seu discurso, Zema disse que encontrou “ministérios de portas abertas” durante o governo Bolsonaro (2019-2022) e alfinetou os governos petistas de Dilma Rousseff, à frente da Presidência da República entre 2011 e 2016, e de Fernando Pimentel, que o antecedeu no Palácio Tiradentes.

“Ao longo do processo de redemocratização, Minas Gerais foi, aos poucos, sendo deixada de lado. E as demandas históricas que dependiam de Brasília, se transformaram em uma eterna promessa. Se convencionou dizer que o motivo era um suposto desalinhamento político de quem governava esse estado com quem estava na Presidência. Porém, mesmo quando houve alinhamento, Minas permaneceu sem relevância”, afirmou Zema em seu pronunciamento, ao dizer que uma das marcas de sua gestão foi tratar os prefeitos de forma igual.
“Ao longo dos quatro anos do governo Bolsonaro, trabalhei para retomar o respeito do Brasil por Minas e posso afirmar que tivemos muitos avanços. Nesses quatro anos, as portas dos ministérios dos governos Bolsonaro estiveram abertas. Éramos ouvidos, não como quem cumpre uma obrigação, mas com a atenção de quem quer, de fato, alcançar soluções”, afirmou o governador.
Homenagem a Bolsonaro
A homenagem a Jair Bolsonaro acontece em um momento difícil para o ex-presidente, que foi alvo de operação da Polícia Federal e é investigado no caso da venda de joias e presentes que pertencem à Presidência da República. Nesse contexto, aliados têm buscado convocar o capitão reformado do Exército para aparições públicas. Na última semana, ele recebeu a mesma homenagem da Assembleia Legislativa de Goiás.

Em seu discurso, perante lideranças políticas de Minas Gerais e apoiadores, que compareceram às galerias da Assembleia Legislativa, Bolsonaro relembrou ações de seu governo e falou da dificuldade de governar.

“Não é fácil ser chefe de Executivo, seja da menor prefeitura de Minas Gerais ou do governo do Estado. As ingratidões e incompreensões… por quanto e quanto tempo naquela mesa em Brasília eu me perguntava: meu Deus, qual foi meu pecado para pagar um preço tão alto? Não é alegria. A única satisfação que você tem é servir ao seu povo, e creio que fiz isso ao longo de quatro anos”, afirmou ao se dirigir ao governador mineiro para contar que pegou “os quatro anos mais atribulados da história do Brasil”, citando pandemia, crise hídrica, guerra entre Rússia e a Ucrânia e a crise econômica na Argentina.

Antes de ir à Assembleia de Minas, Bolsonaro cumpriu agendas políticas na capital mineira. Ele desembarcou por volta das 10h no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana, e seguiu direto para um hotel em Belo Horizonte, onde se reuniu, a portas fechadas, com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e outras lideranças do partido.

Mais tarde, Bolsonaro participou da cerimônia de posse simbólica do deputado federal Domingos Sávio como presidente do diretório estadual do PL. A agenda dele ainda prevê a visita a uma igreja católica em Venda Nova, antes de deixar a cidade.

Foto: reprodução

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