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Zema fere tradição democrática de Minas ao não assinar carta em defesa das instituições Governadores assinam carta contra ataques de Bolsonaro a Maia e Alcolumbre.

19 de abril de 2020, 22h42 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

Os governadores de 20 estados assinaram uma carta em defesa dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. O documento diz que o presidente Jair Bolsonaro afrontou “princípios democráticos que fundamentam nossa nação” por suas declarações contra o Congresso na semana passada. O Governador de Minas, Romeu Zema, está entre os 7 governadores que não assinaram a carta.

Divulgado na tarde deste domingo (20), o documento foi intitulado “Carta Aberta à Sociedade Brasileira em Defesa da Democracia”.

“O Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio ao Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e ao Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diante das declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a postura dos dois líderes do parlamento brasileiro, afrontando princípios democráticos que fundamentam nossa nação”, dizem.

Ao longo do texto, os governadores conclamam um “diálogo democrático e desprovido de vaidades” entre as autoridades políticas nacionais para estabelecer a melhor estratégia para enfrentar os impactos do novo coronavírus na saúde e na economia.

O texto defende, ainda, as decisões tomadas em estados e municípios para conter o avanço da COVID-19. Nas últimas semanas, Bolsonaro tem criticado publicamente governadores e prefeitos por estabelecerem medidas restritivas no combate à pandemia.

“Nossa ação nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientações de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando, neste caso, evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas”, defendem os governadores.

A carta é assinada pelos govenadores Renan Filho (Alagoas), Waldez Góes (Amapá), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Renato Casagrande (Espírito Santo), Ronaldo Caiado (Goiás), Flávio Dino (Maranhão), Mauro Mendes (Mato Grosso), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Helder Barbalho (Pará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Wilson Witzel (Rio de Janeiro), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Carlos Moisés (Santa Catarina), João Doria (São Paulo), Belivaldo Chagas (Sergipe) e Mauro Carlesse (Tocantins).

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), não assinou carta aberta de chefes do Executivo. Além de Zema, ficaram de fora Gladson Cameli (Acre), Wilson Lima (Amazonas), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Ratinho Júnior (Paraná), Marcos Rocha (Rondônia) e Antônio Denarium (Roraima).

Foto: Isac Nóbrega/Agência Brasil

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