Home Minas Gerais Zema inaugura obra que foi deixada por Pimentel. Veja como tudo aconteceu.

Zema inaugura obra que foi deixada por Pimentel. Veja como tudo aconteceu.

20 de abril de 2022, 09h03 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Hoje em Dia

O sinal está verde para a realização das obras de restauração e reforma do antigo prédio do extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), na Praça 7, Centro da capital. O edifício, projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado na década de 1950, abrigará a primeira agência de desenvolvimento da indústria criativa do Estado, o projeto P7 Criativo. Ontem, no Palácio da Liberdade, o governador Fernando Pimentel assinou um despacho autorizando as obras.

Na sede do P7 Criativo, profissionais e organizações poderão locar espaços em um ambiente de colaboração e empreendedorismo, além de compartilhar o espaço com os representantes de cada uma das instituições mantenedoras, desfrutando dos serviços de apoio, consultoria, aceleração e formação de negócios ligados às tecnologias digitais e à indústria criativa que essas instituições oferecem.

“Quando o prédio foi erguido, foi uma revolução. A Praça 7, supertradicional na cidade, e um prédio daquele porte, com aquela característica e com desenho tão inovador. Nós, agora, estamos somando aquilo que foi uma inovação com outra característica também inovadora e revolucionária, que é o que nós chamamos de economia criativa”, ressaltou o governador.

Parceria

O P7 é uma iniciativa do governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) e da Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), dentro de uma série de investimentos inéditos na indústria criativa.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello, acredita que BH deve se consolidar como a capital do conhecimento.

“Essa é uma cerimônia quase que de pedra fundamental de algo que já está construído, que agora precisa ser reformado no conceito da criatividade, revigorando o símbolo de uma grande edificação do Centro, que é referência para muitos dos nossos pais e avós”, salientou.

Para o presidente da Associação P7 Criativo, Paulo Brant, Minas é referência em capital humano. “O que a gente assiste hoje no mundo é uma revolução tecnológica que altera processos de produção, padrões de modelos de negócios, comportamentos das pessoas, e que faz com que a economia baseada no conhecimento e criatividade seja o futuro”.

No P7, serão realizados eventos e atividades de interação e fomento à realização de parcerias.

Conforme Marco Antônio Castello Branco, o presidente da Codemig, o novo espaço permitirá grande conexão e interação entre empresas de economia criativa.

“Nós criamos, no ano passado, a Associação P7 com parceiros e com objetivo de criar uma entidade capaz de fomentar a indústria criativa em Minas Gerais e, ao mesmo tempo, preservar patrimônio no centro da cidade, o prédio do Bemge. As empresas já descobriram que é muito difícil a inovação ser obtida em estruturas hierarquizadas. Ofertaremos todo um suporte ao empreendedor”, completou.

Projetado por Niemeyer, prédio é patrimônio histórico

A sede do P7 Criativo está instalada em um andar na Avenida Afonso Pena, 4.000, na região Centro-Sul da capital, com estrutura de coworking, incluindo 150 estações de trabalho, salas de reunião, auditório e laboratórios.

Projetado por Oscar Niemeyer, em 1953, para abrigar o antigo Banco Mineiro da Produção, mais tarde sede do Banco do Estado de Minas Gerais, o Edifício Bemge foi tombado pelo patrimônio histórico e marca o início da arquitetura moderna em arranha-céus na capital mineira.

Com 25 andares e mais de 14 mil metros quadrados de área construída, o local será completamente restaurado para receber o espaço, que contará também com restaurante e café, além da primeira biblioteca pública virtual do estado e o Espaço Memorial Praça 7.

Recursos

O investimento para a revitalização do espaço está estimado em R$ 57 milhões. A obra irá recuperar as características e formas originais do prédio, reiterando seu valor cultural e simbólico. Trata-se de uma iniciativa de revitalização do hipercentro de Belo Horizonte, que resgata a ideia, concebida no planejamento da capital, de tornar a Praça Sete o centro financeiro e de negócios da cidade.

Foto: Marcelo Sant’Anna/Imprensa MG

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