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Zema mantém liderança sobre Kalil na disputa em Minas

8 de julho de 2022, 08h25 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Felipe Nunes

Nesta sexta (8/7), publicamos a 3ª rodada da pesquisa Genial/Quaest sobre a corrida eleitoral em Minas Gerais. O atual gov Zema mantém vantagem mesmo depois do acordo de Kalil com Lula. Zema aparece com 44% contra 26% de Kalil.

A principal diferença no padrão de intenção de voto entre Zema e Kalil está na divisão regional. Em BH e na RMBH, a distância de Kalil para Zema é de 23 e 13 pts, respectivamente. No interior Zema abre larga vantagem, são 35 pts a mais onde o eleitorado corresponde a 69%.

Alguns indicadores ajudam a entender essa liderança de Zema. Primeiro, seu governo é muito bem avaliado: 46% avaliam o governo Zema como ótimo ou bom, 32% como regular e apenas 13% como ruim ou péssimo.

Segundo, em função desta boa avaliação, 63% dos eleitores dizem que Zema merece uma segunda chance como governador de Minas. Avaliação estável desde o começo da série histórica em março deste ano.

Terceiro, apenas 26% dos eleitores mineiros acham que o próximo governador deve mudar totalmente o que vem sendo feito, um indicador de que o eleitorado acredita que Zema conduz bem o Estado até aqui.

Para se ter a dimensão da força que Zema tem neste momento, o governador consegue manter quase 60% do eleitor que o elegeu em 2018 e é capaz de conquistar 32% de quem votou em Anastasia, seu adversário na eleição passada.

Além disso, ele consegue conquistar quase 70% do eleitor do Bolsonaro e dividir com Kalil o eleitorado do Lula, cada um com 35%.

Então a eleição está ganha? Muito cedo pra afirmar isso. Mesmo com todos esses indicadores expressivos, apenas 15% dos eleitores mineiros já declara voto espontâneo em Zema. Kalil aparece com 7%. A grande maioria, 73%, continua indecisa!

Kalil tem a seu favor 4 pontos: primeiro, 36% dos mineiros preferem a vitória de um governador ligado a Lula e 36% preferem alguém independente, não ligado a ninguém. Ou seja, há um eleitorado expressivo que vai buscar votar em quem estiver aliado a centro-esquerda em Minas.

Segundo, a maior parte do eleitorado que escolheu um candidato na pergunta estimulada de intenção de voto, também diz que seu voto não é definitivo: 58% podem mudar o voto, sendo que 56% do eleitor do Zema pode mudar e 53% do eleitor do Kalil pode mudar.

Terceiro, Kalil ainda é muito desconhecido (34% nunca ouviram nem falar) e tem baixa rejeição (26%). Zema é mais conhecido (58%), mas também é mais rejeitado (29%).

Lula é o ‘eleitor’ mais forte nesta eleição. Para 60% dos eleitores, o apoio de Lula é muito importante ou importante na decisão do voto. No caso de Bolsonaro, o percentual é bem menor, 46%.

A melhor demonstração da força de Lula neste grupo foi conseguir virar o jogo. É o que acontece com o cenário de intenção de voto quando associamos os candidatos a presidente, aos candidatos a governador.

Zema cai de 46% para 26% com o apoio de D’Avila, Kalil sobe de 29% para 42% com o apoio do Lula, e Viana sobe de 5% para 15% com o apoio de Bolsonaro. Ou seja, se a informação dos apoios chegar ao eleitor, é provável supor que haverá uma mudança significativa nas intenções de voto daqui até o dia 2/10. Principalmente, porque o governo Bolsonaro continua com alta rejeição em Minas (46% de ruim ou péssimo).

Essa realidade encontra ressonância no cenário eleitoral para presidente em Minas. Lula continua favorito para vencer no estado (tem 46%), contra Bolsonaro, estabilizado desde mai/22, que aparece 18 pontos atrás de Lula.

Em um eventual segundo turno, Lula venceria Bolsonaro hoje em Minas com uma diferença de 25 pontos (55 x 30).

A eleição para o Senado também vai ser afetada pela disputa nacional. Nos dois cenários puros testados, Cleitinho aparece na frente, seguido de Alexandre Silveira. Alvaro Antonio tem 3% e Marcelo Aro 2%. Indecisos variam de 32 a 36% e brancos e nulos variam entre 27 e 30%.

Mas quando os apoios nacionais são vinculados aos candidatos, o cenário fica diferente. Alexandre Silveira apoiado por Lula e Kalil lhe rende a liderança da corrida com 35%. Alvaro Antonio com apoio de Bolsonaro cresce 13 pontos e chega a 16%.

Cleitinho, apresentado como um candidato independente, perde voto, chega a 15%. Ou seja, a política nacional pode ter bastante peso ainda. Também no caso do Senado está muito cedo para se fazer qualquer exercício de especulação. Todos os candidatos testados são altamente desconhecidos.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 2 e 5/7 por meio de 1.480 entrevistas presenciais domiciliares em 86 municípios. A margem de erro é de 2,5 e o nível de confiabilidade de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob os números BR-01319/22 e MG-00322/22.

Foto: Ramon Lisboa/EM/Gil Leonardi/Imprensa MG

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