Home Ministério Público Investigação conclui que gesto do assessor Filipe Martins teve conotação racista

Investigação conclui que gesto do assessor Filipe Martins teve conotação racista Auxiliar do governo Bolsonaro foi indiciado pela polícia do Senado; MPF vai decidir se abre denúncia ou opina para arquivar o caso.

5 de maio de 2021, 07h01 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A investigação do assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe Martins , concluiu que o  auxiliar fez um gesto racista durante sessão no Senado. A conclusão foi da polícia da Casa, que indiciou Martins pelo gesto. Agora, cabe ao Ministério Público Federal  (MPF) decidir se abre uma denúncia ou opina pelo arquivamento do caso.

O gesto foi feito pelo assessor enquanto senadores ouviam o ex-ministro das Relações Exteriores no dia 24 de março sobre as ações do governo federal na área da política externa para importar vacinas contra a Covid-19 . No momento em que fez o sinal com a mão, o presidente do Senado , Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estava falando e Martins estava atrás dele.

O assessor foi indiciado com base no artigo 20 da lei 7.716/1989, que fala em pena de reclusão de um a três anos e multa para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”

O inciso 2º do artigo 20 diz que a pena de reclusão passa a ser de dois a cinco anos caso os crimes sejam cometidos por intermédio de meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza.

Em países que vivenciam o crescimento de movimentos de extrema-direita, o gesto feito por Martins é associado ao movimento supremacista branco. Os três dedos esticados simbolizam a letra “w”, que seria uma referência à palavra em inglês “white” (branco). O círculo formado representa a letra “p”, para a palavra “power” (poder). O símbolo é apontado como simbolizando “poder branco”, em tradução livre.

Pesquisadores que estudam essas simbologias da extrema-direita alegam que o gesto vem sendo utilizado como uma mensagem codificada com o intuito de que membros de grupos racistas possam identificar uns aos outros. No Twitter, Martins afirmou que estava ajeitando a lapela do terno e negou que tenha feito um gesto racista.

Por portal IG

Foto: reprodução

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