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Governo do Maranhão autua Bolsonaro por causar aglomeração durante viagem Presidente terá 15 dias para apresentar defesa e, depois, fica sujeito a multa por descumprimento das regras sanitárias

22 de maio de 2021, 12h14 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O Governo do Maranhão  de Flávio Dino (PC do B) autou o  presidente Jair Bolsonaro (sem partido)  na  sexta- feira (21) pela Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado por ter provocado aglomerações durante visita de dois dias ao Maranhão. O presidente esteve no Estado no dia 21 de maio (sexta-feira) para a entrega de títulos de propriedade rural. No dia anterior, quinta-feira, ele participou na  inauguração uma ponte.

Ao longos dos dois dias, o chefe do Executivo foi visto sem máscara cumprimentando apoiadores na chegada e saída dos eventos, além de ter feito “paradas não programadas” em cidades, fora da agenda oficial.

No auto de infração sanitária, é citado que o presidente descumpriu a “obrigação do uso de máscara como medida farmacológica”, prevista em decreto. Outro motivo apontado foi “promover, em evento da presidência da República, aglomerações sem controle sanitário com mais de 100 pessoas”.

Desde o dia 17 de maio, é permitido no estado realizar de eventos com no máximo 100 pessoas até às 23h.  A medida vale até 31 de maio. O documento indica que Bolsonaro violou o limite de pessoas permitido ao promover a cerimônia em Açailândia de entrega de títulos rurais naquele dia. O presidente terá 15 dias para apresentar defesa ou uma impugnação ao auto.

 

CAMPANHA
Ontem, o presidente do PC do B no Maranhão, Márcio Jerry, disse em suas redes sociais que iria acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Procuradoria Regional Eleitoral contra Bolsonaro. Ao portal  Poder360,  Jerry afirmou que o motivo seria propaganda eleitoral antecipada em um evento institucional realizado com dinheiro público. Jerry é deputado federal licenciado e secretário de Cidades e Desenvolvimento Urbano do governo estadual.

“Já anunciei que vou representar porque o Bolsonaro cometeu um delito, é óbvio. Em um evento oficial do governo, ele fez propaganda negativa de adversários. Transformou um palanque institucional em palanque eleitoral”, afirmou em entrevista. “Tem carnaval fora de época e tem campanha fora de época. Campanha fora de época é crime”, disse.

Em sua passagem pelo estado, Bolsonaro reforçou as críticas ao governador Flávio Dino. Chegou a chamá-lo de “comunista gordo”. O governador reagiu nas redes sociais: “Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, escreveu.

 

 

 

 

 

Com Poder 360

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