O senado e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para comandar à Casa Civil, já fez duras críticas ao chefe do Executivo.
Em novembro de 2017, em entrevista à TV Meio Norte, Nogueira chamou Bolsonaro de “fascista” e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o melhor presidente que o país já teve. Na época Ciro afirmou que tinha muita restrição a Bolsonaro “porque é um cara fascista”.
“Tem um caráter fascista. Muito preconceituoso. É muito fácil você ir para a televisão e dizer que vai matar bandido, é muito fácil, mas isso não é para um presidente da República. O presidente da República é uma pessoa que vai cuidar de gerar emprego e renda, que vai cuidar da saúde, vai cuidar da infraestrutura. O presidente Jair Bolsonaro não tem essa capacidade de fazer isso”, afirmou naquele ano.
Sobre Lula, Ciro disse que “foi o melhor presidente deste país, especialmente para o Piauí e o Nordeste”.
“Não me vejo numa eleição votando contra o Lula. Por tudo o que ele fez. Tirou a miséria desse povo, foi decisivo no combate à fome, os programas que ele fez, o maior programa habitacional do mundo”, declarou o senador.
A decisão de escolher Ciro Nogueira para a Casa Civil ocorreu na tarde de ontem, em um encontro com Bolsonaro do qual participaram, Fábio Faria, Onyx Lorenzoni, Luiz Eduardo Ramos, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Paulo Guedes (Economia).
O presidente tem ouvido sugestões
há alguns meses sobre mudanças no Palácio do Planalto, colocando na pasta alguém da política.
Bolsonaro ouviu essas sugestões tanto de políticos do Centrão –grupo do qual Ciro Nogueira é um dos expoentes– como de integrantes de seu ministério e do comando da pasta da Comunicação.
Tem contado na decisão de Bolsonaro o comportamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que há muito tempo criticava tanto a atuação de Ramos como de Onyx.
Caso seja confirmada a indicação de Nogueira para assumir a Casa Civil da Presidência, sua vaga no Senado permanecerá com a sua família. Isso porque a primeira suplente do senador é a sua mãe, Eliane e Silva Nogueira Lima que também é filiada ao PP, sem experiência em cargos públicos.
Assista ao trecho da entrevista
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Foto: divulgação
Com Agência