Por G1
Um temporal atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deixando mortes e afetando diversas regiões da cidade na última terça-feira (15).
De acordo com dados da Climatempo e da MetSul Meteorologia, a chuva extrema foi consequência da formação de intensas áreas de instabilidade sobre o estado do Rio de Janeiro com a passagem de uma frente fria pela costa.
“Nós tivemos uma frente fria passando pela região costeira fluminense que canalizou a umidade da Amazônia em direção ao estado do Rio de Janeiro, e essa umidade toda ficou aprisionada na região serrana do Rio, por conta do excesso de montanhas da região”, explicou César Ferreira Soares, da Climatempo.
Por causa da interação desta frente com o ar quente e úmido sobre o continente, um aglomerado de nuvens carregadas se formou sobre sobre a região no começo do dia. À tarde, com fluxo de ar mais frio vindo do oceano, novas áreas de instabilidade se formaram de forma mais localizada e levaram ao temporal que afetou a cidade, de acordo com a MetSul.
Já durante a noite, ainda de acordo com os meteorologistas, a frente fria já tinha se deslocado e estava na altura do estado do Espírito Santo.
Total acumulado
O volume de chuva foi inédito para a região. Em menos de seis horas, o acumulado de chuvas superou o média histórica do mês de fevereiro, com estações meteorológicas do município marcando 260 mm (a média mensal é de 240 mm).
“Segundo informações do Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais], tivemos registros de 230 mm de chuva em menos de 3 horas. O normal de chuvas para a região, segundo informações do Instituto Nacional de Metereologia é de cerca de 200 mm no período de todo o mês de fevereiro. Ou seja, choveu mais que o normal para todo o mês em poucas horas”, destacou Soares.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil