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Publicamos hoje mais uma rodada de pesquisa Genial/Quaest no estado de São Paulo. Confira!

11 de agosto de 2022, 09h30 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Por Felipe Nunes

Confirmando a tendência já revelada na pesquisa Genial/Quaest nacional, Bolsonaro continua aumentando suas intenções de voto em São Paulo e aparece tecnicamente empatado com Lula no estado: 37 x 35. Lula aparece estável e os candidatos da 3ª via derretendo.

O crescimento de Bolsonaro parece ser consistente e generalizado no estado. Entre março e agosto, o presidente cresceu 11 pontos entre as mulheres e 9 pontos entre os homens. Lula manteve-se estável na margem de erro.

O crescimento também apareceu entre a população de renda familiar baixa (até 2 salários) e alta (mais de 5 salários). Lula manteve-se estável na margem de erro.

Entre os evangélicos Bolsonaro continua crescendo. A distância observada para Lula nesse segmento é de 22 pontos percentuais. Uma diferença significativa em um grupo que corresponde a aproximadamente 30% do eleitorado.

Também observamos mudanças entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil. Confirmando o que a Genial/Quaest mostrou nacionalmente, a expectativa pelo pacote de bondades do governo parece começar a fazer efeito eleitoral positivo.

Na simulação de 2º turno, a distância entre Lula e Bolsonaro também caiu, mostrando um empate técnico entre os dois candidatos: 44 x 40. A redução da distância ao longo dos meses é significativa e mostra um cenário bem diferente em SP, estado em que o PT não vence desde 2002.

Embora Bolsonaro cresça, seu candidato, Tarcísio, continua estacionado nos 14% vendo Garcia oscilar positivamente dentro da margem (de 12 para 14) e Haddad liderando a disputa com 34%. Impossível afirmar quem vai para o segundo turno contra o candidato do PT.

Ao avaliar os números por sexo, idade e escolaridade, a pesquisa constatou que as maiores vantagens de Haddad sobre Tarcísio aparecem entre as mulheres (36% a 13%), na faixa entre 16 e 24 anos (41% a 9%), e entre os eleitores que completaram até o Ensino Fundamental (38% a 8%).

Entre os que ganham até dois salários mínimos, Haddad teria 37% dos votos contra 13% de Tarcísio e 7% de Garcia.

Os dados da pesquisa sugerem que o cenário começa a ficar mais positivo para Rodrigo Garcia. Primeiro porque a avaliação do governo melhorou. O regular subiu e o negativo caiu.

Garcia divide voto com Haddad entre aqueles que avaliam bem ou regular o seu governo, o que sugere que ele terá que começar a se contrapor ao ex-prefeito de SP para conseguir atrair votos que tem propensão a ser seus.

Segundo, a maioria do eleitorado prefere que vença um candidato independente, sem aliança com Lula ou Bolsonaro, o que dá a Garcia uma vantagem possível sobre os dois competidores.

Terceiro, os apoios de Lula e Bolsonaro não parecem fazer tanto efeito quanto Haddad e Tarcísio gostariam. Ao longo dos meses, Garcia vai conquistando o voto de quem dizia que não ia votar em ninguém, eleitores que buscavam a terceira via no estado e não encontravam.

O maior desafio que Tarcisio e Garcia tem é se tornarem conhecidos. Hoje, aproximadamente 70% dos eleitores do estado de São Paulo não conhecem nem um nem outro. Haddad, por outro lado, é muito conhecido e muito rejeitado, sua maior fraqueza nessa eleição.

Nas simulações de 2º turno, Haddad vence tanto Tarcísio, quanto Garcia, mas por uma margem menor do que a que observávamos no começo do ano. Contra o Tarcísio de Bolsonaro, Haddad vence por 12 pontos.

Contra o Garcia, Haddad vence por 9 pontos.

Para o Senado, Márcio França (PSB) confirmou o acerto de sua opção por abrir mão da candidatura ao governo, com 29% das intenções de voto e larga vantagem sobre o ex-ministro Marcos Pontes (PL), que tem 12%.

França é o mais conhecido, mesmo tendo ainda 40% de eleitores que desconhecem totalmente. Os demais candidatos ao Senado também tem dificuldade de aumentar seu grau de conhecimento, o que deve ficar mais fácil com o começo da propaganda de TV e rádio.

Ou seja, a pesquisa mostra que Haddad mantém a liderança na disputa pelo governo de São Paulo, enquanto Bolsonaro sobe e reduz distância para Lula. SP parece voltar a ser um reduto anti-petista forte, o que pode ser decisivo na eleição nacional.

O levantamento foi encomendado pela Genial, ouviu 2.000 pessoas em 87 municípios de todas as regiões de SP entre os dias 5 e 8/ago. A margem de erro é de 2.4 pontos percentuais e o nível de confiabilidade de 95%. Pesquisa registrada BR-07655/22 e SP-02135/22.

Foto: Reprodução

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