Herzi Halev, chefe militar de Israel, afirmou nesta segunda (15) que o ataque promovido pelo Irã contra seu território no final de semana será respondido. O Gabinete de Guerra israelense realiza reuniões para definir a retaliação, mas ainda não foi detalhado quando e como será a ofensiva.
Durante visita à base aérea de Nevatim, que foi atingida pelo bombardeio iraniano, ele afirmou que Israel ainda avalia quais medidas serão tomadas, mas garantiu que o ataque “será respondido”, apesar do apelo da comunidade internacional contra a escalada do conflito.
Israel decidiu não responder imediatamente após um telefonema do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do apelo do G7, da ONU (Organização das Nações Unidas) e outros países do Oriente Médio. O ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, já havia ameaçado promover uma retaliação “no momento certo”.
O ataque iraniano ocorreu na noite do último sábado (13) e foi a primeira ofensiva militar direta contra Israel na história, apesar da inimizade entre as nações desde a Revolução Islâmica de 1979. A ofensiva do Teerã foi uma resposta a um ataque de Tel Aviv que matou dois generais e destruiu o prédio de sua embaixada na Síria.
Na ocasião, o comandante sênior da Guarda Revolucionária Mohammad Reza Zahedi e outras sete pessoas foram mortas. O país alegou que o lançamento de drones e mísseis desse fim de semana ocorreu por “autodefesa” e afirmou que já encerrou sua operação contra Israel, apontando que a ofensiva “atingiu todos os seus objetivos”.
O ataque do Irã não causou muitos danos ao território israelense, já que o país diz ter interceptado 99% dos mais de 300 projéteis disparados. Além da base aérea de Nevatim, uma menina de 7 anos foi hospitalizada após sofrer ferimentos causados por estilhaços.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Abir Sultan/Reuters.