Home Ditadura Lula contesta vitória de Maduro, defende Alexandre de Moraes e denuncia ‘sequestro do orçamento’

Lula contesta vitória de Maduro, defende Alexandre de Moraes e denuncia ‘sequestro do orçamento’

17 de agosto de 2024, 10h57 | Por Redação - Blog do Lindenberg

by Redação - Blog do Lindenberg

Por Hoje em dia / Blog do Lid=ndenberg

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deixa de ter razão quando diz que pelo menos “metade do orçamento da União foi sequestrado pelo Congresso Nacional”. De fato, ninguém pode governar sem orçamento, muito menos o Executivo. Mas isso criou um tumulto tal entre parlamentares que o ministro Alexandre Padilha teve que encontrar uma saída para acalmar os ânimos. Padilha assegura que parlamentares e governo encontrarão a melhor negociação para a situação.

Mas, confusão mesmo é o que o presidente Lula está fazendo no caso das eleições da Venezuela. Primeiro ele declarou apoio a Maduro e, agora, volta atrás e anuncia não reconhecer as eleições venezuelanas, até que as Atas sejam apresentadas. É uma confusão só. Para se defender das criticas internacionais, Maduro recorre ao discurso bolsonarista ao sistema eleitoral brasileiro. Ora, se o próprio presidente contestado da Venezuela, usa uma frase do ex-presidente Bolsonaro para alegar que suas atas estão corretas, por que Bolsonaro teria incorrido em erro? E com isso, Maduro resolve inverter o jogo e dizer que não aceita a sugestão de Lula de fazer uma nova eleição ou coisa parecida. Outra trombada do presidente Lula com o que seria um aliado.

E a terceira lambança da semana está na guerra das versões e narrativas jornalísticas no que se refere a supostas irregularidades cometidas pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, no processo sobre Fake News que teve inicio em 2019, no Supremo Tribunal Federal. O Jornal Folha de São Paulo traz as denúncias e começa o barulho. A imprensa toda tenta embarcar. Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras, acabou se desentendendo com seus pares num bate-boca com colegas da Globo News, um dos braços do sistema Globo de Rádio, coisa de resto desnecessária. OAB anunciou que pedirá acesso aos inquéritos, o ministro alega que agiu investido do seu poder de polícia contra as fake News.

A Folha produziu o titulo ao alto, que não fecha com o texto dos especialistas. E escreveu um novo editorial contrariando o que diziam os juristas entrevistados pelo próprio jornal. E o Estadão? O Estadão, até a tarde de ontem, havia reproduzido o conteúdo da Folha, entregando aos seus articulistas a tarefa de defender o bolsonarismo e a ideia de que o inquérito das fake News pode ser anulado – tarefa típica do bolsonarismo. O Estadão usou seus dois principais “juristas”, William Waack e JRGuzzo, para defender Bolsonaro e sua turma. Ambos são, além de conhecidos juristas, os dois jornalistas mais admirados pela audiência do fascismo.

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