O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender na quinta-feira (20) o uso da cloroquina para combater a Covid-19. O remédio não tem eficácia comprovada para a doença.
Durante a live semanal, que contou com a presença do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, Bolsonaro disse que se sentiu mal na última semana e antes mesmo de consultar um médico, tomou “aquele remédio contra a malária que eu ofereci pra ema”.
O motivo da forma de citação segundo ele, era o temor que a live da semana fosse derrubada pelo Facebook e pelo YouTube. Em outras oportunidades, a plataforma excluiu vídeos em que o presidente defendia o uso de remédios sem eficácia contra o vírus.
A transmissão de ontem foi de Imperatriz-MA. O governo fará novas ações no Maranhão nesta sexta-feira (21/5).
CPI
Bolsonaro disparou contra senadores da Comissão parlamentar de inquérito (CPI) dizendo que eles não querem apurar possíveis desvios de recursos durante pandemia e classificou como “vexame”.
“A CPI continua um vexame nacional. Não querem investigar desvio de recursos. Querem falar sobre… Não vou falar o nome para não cair a live. É aquele negócio que se usa para combater a malária. Usei lá atrás, mais ou menos em junho ou julho, e no outro dia estava bem”, ressaltou o presidente.
“O Brasil é o país da hipocrisia, a começar por essa CPI. Dá vontade de ser deputado para falar o que eu penso. Como sou presidente, não pega bem”, disse Bolsonaro, que voltou a atacar o senador Renan Calheiros (MDB-AL). “O relator foi bem intitulado pelo senador Flávio Bolsonaro na semana passada”, disse.
Sobre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ele fez um breve comentário sobre o seu depoimento,“Pazuello foi muito bem”, frisou.
Ao atacar o relator da CPI da Covid, o presidente também criticou o trabalho da imprensa brasileira, classificando ambos como “canalha” e “idiota”.
Ao referir a ivermectina como o “remédio contra vermes” ele ainda aproveitou para fazer um ataque político dizendo que a esquerda não o toma porque senão morre .
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