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Bolsonaro ignora ministro e vai às ruas; Twitter exclui publicações do presidente Veja quais são as notícias de destaque nos jornais brasileiros

30 de março de 2020, 17h44 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por G1

Apesar da orientação dada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que os brasileiros permaneçam em isolamento para conter o avanço do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro decidiu sair do Palácio da Alvorada neste domingo (29) e descumpriu diversas recomendações sanitárias ao passear por cidades satélites de Brasília.

O Globo e a Folha de S.Paulo destacam o assunto em suas reportagens principais e enfatizam que a decisão de Bolsonaro de sair do isolamento piora o relacionamento entre o presidente e o ministro.

O Globo lembra que Bolsonaro visitou comércios de rua abertos em Taguatinga e Ceilândia, teve contato físico com pessoas que encontrou e gerou aglomerações. Para especialistas ouvidos pelo jornal, o presidente passou uma mensagem “deseducadora” ao descumprir as recomendações médicas.

Segundo O Globo, o episódio deste domingo pode agravar a escalada de conflitos entre Bolsonaro e Mandetta. Aliados do ministro afirmam que ele chegou a classificar a situação como “insustentável” durante a semana, mas foi motivado a continuar no cargo.

O matutino carioca afirma que Mandetta chegou a perguntar, durante reunião no Palácio da Alvorada no sábado (28), se teria liberdade para continuar defendendo medidas baseadas na ciência e na medicina.

A resposta se tornou pública na coletiva realizada no sábado à tarde, na qual Mandetta defendeu o isolamento social. “Bolsonaro contraria Mandetta, ignora isolamento e vai às ruas”, sublinha a manchete do Globo.

Twitter

A Folha de S.Paulo informa que a presença de Bolsonaro nos comércios gerou aglomerados de pessoas e o presidente voltou a defender o isolamento vertical, no qual apenas o grupo de risco seja isolado e o resto da população continue circulando.

“Eu defendo que você trabalhe, que todo mundo trabalhe. Lógico, quem é de idade fica em casa”, disse o presidente a um vendedor. Após o passeio, o Twitter excluiu dois vídeos de Bolsonaro nas ruas alegando que o presidente violou regras da rede social por ter ido contra as recomendações de saúde pública contra o avanço do coronavírus.

Ao término do passeio, já na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro declarou estar com vontade de assinar um decreto para liberar a volta de todas as atividades.

Governadores contrários à decisão ameaçam entrar na Justiça contra um possível decreto nesse sentido. “Bolsonaro ignora Mandetta e visita comércio de Brasília”, diz a manchete da Folha.

Bolsa de Valores

O Estado de S.Paulo afirma que metade das grandes empresas de capital aberto que estão na Bolsa de Valores tem condição de se manter por até três meses sem faturamento.

O matutino divulga levantamento feito pelo Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe) com 245 companhias. Os dados indicam que 23,3% das companhias já ficariam com o caixa negativo nos primeiros 30 dias sem fluxo.

O número sobe para 37,1% após dois meses e para 48,6% em três meses. As demais empresas conseguiriam se manter por mais tempo com caixa positivo. O levantamento considera o balanço de dezembro de 2019 e simula a evolução do caixa com a paralisação das atividades.

Além disso, a simulação não embute variação do dólar, considera que não haveria nenhuma receita no período e que a empresa conseguiria renegociar todas as dívidas vencidas no tempo analisado.

Para o coordenador da Cemec-Fipe, Carlos Antônio Rocca, esse levantamento mostra o retrato das empresas mais capitalizadas do país. A situação das pequenas e médias empresas é “bem mais problemática” e exigirá medidas consistentes para evitar a “quebradeira”. “Metade das grandes empresas na Bolsa tem caixa para até 3 meses”, mostra a manchete do Estadão.

Foto: Reprodução

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